Leopoldina - Orlando Villas-Bôas

 Centro-Oeste            

Um retângulo com quatro fotografias dentro, separadas por uma fina linha branca. A primeira foto de uma flor lilás, a segunda foto de uma árvore com troncos largos e folhas verdes, a terceira foto de uma trilha passando entre as árvores, a quarta foto uma parte do lado com grama e pequenas plantas verdes ao redor.

Inaugurado em 07 de janeiro de 2010
Av. Embaixador Macedo Soares, 8000- Vila Leopoldina
Subprefeitura da Lapa
Área: 55.000 m²
Permanece fechado
Telefone: (11) 3647-9939
Decreto: 52.083 17 de janeiro de 2011

 

INFRAESTRUTURA

Campo de futebol (oficial), 3 campos de futebol society e rugby, quadra de areia, duas quadras poliesportivas (basquete, futsal e vôlei), quadra de tênis (piso rápido e saibro), quadra de badminton, paredão de tênis, pista de Cooper, pista de caminhada, ciclovia e playgrounds. O antigo casarão é usado para eventos e atividades de educação ambiental. Dispõe de um lago de contemplação. Possui rede wi-fi e áreas de circulação acessíveis para pessoas com deficiência.

PARTICULARIDADES

O nome do parque é uma homenagem a um morador da região, o sertanista Orlando Villas-Boas, falecido em 2002. A iniciativa, resultado de uma parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado, teve a primeira parte entregue em janeiro de 2010. Sua área total terá 268.783,48 m². No parque treinam times de futebol de campo, de futebol americano e de rugby, que fazem reserva para utilização dos campos. No salão de eventos há uma exposição permanente de fotografias do acervo da família Villas-Boas.

Em relação à FAUNA, 28 espécies de aves foram observadas, incluindo a garça-branca-grande, socó-dorminhoco, garça-moura, ananaí, quero-quero, joão-velho, pica-pau-do-campo, tuim, alma-de-gato, pitiguari, sabiá-poca, chopim e o tico-tico. Aves migratórias como a peitica e o suiriri podem ser encontrados durante a primavera e o verão na área. Há também registros das inofensivas serpentes dormideira e falsa-coral.

Sua vegetação é composta por áreas ajardinadas e bosques heterogêneos. Destaques da FLORA: amoreira (Morus nigra), cinamomo (Melia azedarach), eucalipto (Eucalyptus sp.), goiabeira (Psidium guajava), jambolão (Syzygium cumini), jequitibá-rosa (Cariniana legalis), mangueira (Mangifera indica), pitangueira (Eugenia uniflora) e sansão-do-campo (Mimosa caesalpiniifolia). Já foram registradas 58 espécies vasculares, das quais estão ameaçadas de extinção: jequitibá-rosa (Cariniana legalis) e pau-brasil (Paubrasilia echinata). Inventário de Flora 2021.

O BAIRRO 
As origens da Lapa remontam aos primórdios do povoamento de São Paulo de Piratininga. A primeira notícia sobre a região é de 1581, quando os jesuítas receberam uma sesmaria junto ao Rio Emboaçava, depois chamado Pinheiros. Entre os imóveis da então denominada paragem do Emboaçava, a partir dos meados do século XVIII destacou-se a "Fazendinha da Lapa", vizinha aos sítios da Água Branca, Mandi, Emboaçava e Tabatinguá. Em 1743, os jesuítas deixaram a região. Em 1765, toda a paragem de Emboaçava continha apenas 5 casas com 31 habitantes.

Em 1805, período de incremento da produção de cana de açúcar, todo o movimento de tropas da rota que ligava a Vila de Itu a São Paulo e litoral foi desviado em razão das péssimas condições da ponte sobre o Rio Pinheiros. Aproveitou-se, então, a comodidade da ponte do Sítio do Coronel Anastácio de Freitas Troncoso. Em meados do século XIX, a
qualidade do barro nas margens do Rio Tietê favoreceu o desenvolvimento de algumas olarias e o crescimento do povoado, reforçando a urbanização do bairro que começava a se tornar industrial.

Na segunda metade do século passado, no apogeu da economia cafeeira, a produção de café transferiu-se do Vale do Paraíba para a região de Campinas, estimulando a fundação de companhia de trens ("Association of the São Paulo Railway Co. Ltda"), que em 1867 passou a ligar Santos a Jundiaí, passando por São Paulo. Dentre as estações intermediárias estava a de Água Branca. Pouco depois da inauguração, o trem também passou a fazer uma parada simples, próximo à ponte do sítio do Coronel Anastácio, para atender a população do então incipiente bairro da Lapa.

QUEM FOI ORLANDO VILLAS-BÔAS?
O nome é uma homenagem ao sertanista e indigenista Orlando Villas-Bôas, que nasceu em 12 de janeiro de 1914 em Botucatu, interior de São Paulo, e seguiu os passos do pai, tornando-se fazendeiro. Após trabalhar numa empresa de petróleo, onde se sentia entediado, provocou a própria demissão e dirigiu-se para o estado de Goiás, remando durante 22 dias pelo Rio Araguaia. Foi dessa forma que deu início à sua história de 40 anos pela causa indígena, abraçada depois pelos irmãos Cláudio, Leonardo e Álvaro. Orlando e Claudio se uniram ao antropólogo Darcy Ribeiro e ao médico Noel Nutels e promoveram a criação do Parque Nacional do Xingu. O espaço de 27 mil km² seria destinado a proteger os índios para permitir que fosse possível preservar seu modo de vida. Tribos que só guerreavam aprenderam a conviver e a se organizar.

CONSELHO GESTOR
Os Conselhos Gestores dos Parques Municipais foram criados em 2003 para garantir a participação popular no planejamento, gerenciamento e fiscalização das atividades que ocorrem nos parques. O objetivo é envolver a comunidade na discussão das políticas públicas de forma consultiva, com enfoque nas questões socioambientais. Os Conselhos são integrados por representantes da sociedade civil (em geral, três frequentadores e um representante de movimento social ou entidade local), um representante dos trabalhadores do parque e três representantes do Poder Executivo.

Saiba mais sobre os Conselhos Gestores no site da SVMA.

COMO CHEGAR?
Ônibus
917H/10 – Terminal Pirituba / Vila Mariana
8060/10 – Terminal Lapa / Vila Piauí
8003/10 – Terminal Lapa / Vila dos Remédios
CPTM – Estação Vila Leopoldina

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