Proteja-se contra o câncer de pele


Principais características do verão, os dias ensolarados e mais longos são um convite às mais diversas atividades ao ar livre. Dos piqueniques às trilhas monitoradas, é importante intensificar os cuidados com a pele – maior órgão do corpo humano – antes da exposição prolongada ao sol durante os passeios nos parques municipais. Além da troca da estação, é mês de falar sobre prevenção e tratamento contra o câncer de pele com a campanha Dezembro Laranja.

Anualmente, são 180 mil novos registros da doença em todo o país – o número corresponde a 30% do total de casos de câncer. Embora somente 3% dos tumores de pele sejam do tipo mais agressivo, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 6.200 diagnósticos do melanoma por ano. Além do melanoma, há outros dois tipos principais: o carcinoma basocelular, semelhante a outras doenças dermatológicas, e o carcinoma espinocelular, parecido com feridas, machucados e verrugas.

Com o lema Se exponha, mas não se queime, a campanha promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) visa chamar a atenção para as anomalias na pele, que podem ser sinais da doença, como assimetria, bordas irregulares, cor, diâmetro e evolução de pintas – o ABCDE das lesões suspeitas –, e feridas que não cicatrizam em um mês. O diagnóstico dos tumores é feito por meio de exame físico e biópsia.

Fatores de risco e proteção
Há formas de prevenir o câncer de pele. Normalmente, o filtro solar é lembrado somente nas visitas à praia, mas deveria ser utilizado diariamente, até mesmo nos dias frios e nublados do outono e do inverno. A recomendação ocorre pela exposição diária à radiação ultravioleta (UV). Itens como óculos escuros, chapéus, guarda-sóis e as próprias roupas também formam barreiras, mas sempre devem sem complementados pelo uso correto do protetor solar.

Para serem eficazes, os filtros solares devem oferecer proteção contra os raios UVA e UVB e possuir fator de proteção solar (FPS) maior ou igual a 30. Independentemente do seu tipo de pele, não esqueça de carregá-lo com você ao participar de qualquer atividade na programação de rotina dos parques municipais, já que ele deve ser reaplicado a cada duas horas.

Pele clara e fácil de queimar, histórico da doença na família e uso de bronzeamento artificial são alguns dos fatores de risco. Porém, o principal deles sé a exposição prolongada sem proteção, uma vez que o efeito da absorção da radiação do sol é cumulativo. Ou seja, por mais que os efeitos não sejam percebidos instantaneamente, as consequências podem surgir com o avanço da idade.

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)