Série de Perfis “In Memorian” do Bosque da Fama – Waldir Pagan Peres

Homenageado da semana foi ídolo no basquete feminino brasileiro

Professor, técnico, profissional, ícone. Assim podemos descrever Waldir Pagan Peres, o homenageado da semana na nossa série de perfis, e que também será um dos homenageados “in memorian” desse ano no Bosque da Fama, dia 8 de dezembro (segunda-feira).

Waldir Pagan Peres nasceu no ano de 1937, na cidade de São Manuel, interior de São Paulo, e era o mais novo de doze irmãos. Apaixonou-se pelo basquete desde cedo, e foi jogador durante sua juventude. Especialista em psicologia do esporte, deu aulas na Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo (EEFUSP), e chegou também ao cargo de Diretor da Secretaria de Esportes de São Paulo. Na época de estudante de educação física pela Universidade de São Paulo – Campus Bauru, conheceu a ginasta Nilda, sua esposa até seu último dia de vida. Teve papel importante ao descobrir ninguém menos que Hortência, mas nunca fez diferença com nenhuma jogadora.

Em 1971, era o técnico da Seleção Feminina de Basquete que conquistou a Medalha de Bronze no Mundial do Brasil, atrás somente das Seleções da União Soviética e Tchecoslováquia. No mesmo ano, liderou nossas meninas a uma das maiores conquistas daquela equipe: a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Cáli, na Colômbia.

Após um hiato da Seleção Feminina frente ao Basquete Mundial, no início da década de 1990, Pagan assumiu o cargo de supervisor da delegação. Mais do que isso, era uma espécie de psicólogo das jogadoras. Soube aproveitar a rivalidade saudável entre Paula e Hortência. Impulsionadas pelo ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1991 em Havana, Cuba, somado ao talento de jogadoras como Marta, Alessandra e Janete, classifica o Brasil para sua primeira Olimpíada (Barcelona, 1992).

Todo esse trabalho foi coroado no ano de 1994, com o título Mundial da Austrália, onde Waldir foi fundamental na conquista. No dia da decisão, o corredor do hotel amanheceu cheio de cartolinas nas cores do Brasil com frases motivacionais escritas por ele, como “Juntos somos força! Unidos seremos potência!”.

Apesar de ter ocupado cargos importantes, Pagan era um homem simples. Gostava de usar seu tempo livre para pescar e cuidar de carpas. Tinha também seis calopsitas que eram seu xodó. Sempre foi conhecido por sua resiliência, autoridade e espírito de liderança. Isso rendeu a ele o apelido de “Gerente” pelos amigos mais próximos.

Waldir Pagan Peres morreu no dia 8 de agosto de 2014, em São Paulo, aos 77 anos de idade, em decorrência de problemas cardíacos. Deixou quatro netos, os filhos Márcio e Alexandre e a mulher Nilda. Está enterrado no Cemitério Gethsêmani, no bairro do Morumbi. Além da família e da saudade, Waldir deixou um grande legado, que não será jamais esquecido. Uma vida de trabalho dedicada ao basquete nacional.

Principais resultados pela Seleção Brasileira

Campeonato Mundial
- 3º lugar (Brasil - 1971)
- 12º lugar (Colômbia - 1975)

Jogos Pan-Americanos
- Medalha de ouro em Cali (Colômbia - 1971)
- 4º lugar na Cidade do México (México - 1975)

Campeonato Sul-Americano
- Campeão (Equador - 1970, Peru - 1972 e Bolívia - 1974)

O Bosque da Fama é uma iniciativa da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação (SEME), em parceria com o Panathon Club, cuja meta é manter viva a memória do esporte brasileiro, fomentando o cuidado e a preservação do meio ambiente.

Você pode ler os outros perfis aqui:

Bellini e Oberdan Cattani

Texto: Leandro Olovics – laoalves@prefeitura.sp.gov.br

Fotos: Site Oficial da Confederação Brasileira de Basquetebol e Site Oficial da Liga de Basquete Feminino

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