Zona leste de São Paulo terá novidades para parques da região

Ordem de início das obras de implantação do Parque Fazenda da Juta e requalificação do Linear da Consciência Negra foram dadas nesta semana

Dois parques da zona leste receberam ordem de inicio de obras nesta semana, uma de implantação do Parque Fazenda da Juta, e a outra de modernização do Parque Linear da Consciência Negra. Confira a seguir quais serão as ações realizadas nas áreas verdes:

Parque Fazenda da Juta

Em 8 de novembro, a equipe técnica da Divisão de Implantação, Projetos e Obras (DIPO) se reuniu com a Subprefeitura de Sapopemba para apresentar todo o processo de produção do projeto do Parque Municipal Fazenda da Juta, que tem como valor estimado R$ 10,5 milhões.

O objetivo da ordem de início é a contratação de obras e serviços para o local, que busca soluções arquitetônicas, estruturais, infraestruturais, paisagísticas, técnicas, topográficas e urbanísticas.

O projeto para a implantação partiu da compreensão das limitações colocadas pela morfologia da área e resultou numa sensível conciliação entre o conteúdo programático típico de parques urbanos e o terreno. Desse modo, é proposta uma arquitetura que respeita essa questão, promova a ligação entre os acessos e as frentes para as ruas e, essencialmente, que se junte ao espaço social produzido por este local.

Uma grande porção corresponde a Área de Preservação Permanente (APP), já que contém nascentes de córrego, nas quais a área ao redor deve ser preservada em no mínimo 50 metros e também fluxos do corpo hídrico que devem conservar ao menos 30 metros de cada margem, como requer o Código Florestal Federal.

É proposta ainda uma ampliação da calçada, a ocupação da edificação de uso administrativo e o desenho da praça que conta com bancos, bebedouros e paraciclos, além de vegetação, largo de acesso, parquinho, academia de terceira idade e arquibancada. Paralelo ao núcleo do parque, coexiste uma passagem para pedestres, elemento fundamental para circulação das pessoas no bairro e que permanecerá aberta ao público.

É projetada, ainda, uma passarela que adentra à vegetação em estrutura mista que, além de interligar os dois núcleos, cumpre a função recreativa e socioambiental por servir como uma trilha no interior da mata. Pensando na condição ambiental, foi imaginado para as áreas verdes onde não há presença predominante de vegetação, o enriquecimento arbóreo por plantio de espécies florestais nativas, organizadas por desenho e especificação paisagística.

Parque Linear da Consciência Negra

O Parque Linear da Consciência Negra, recebeu agora em novembro, mês da consciência negra, uma ordem de início das obras de requalificação, com valor estimado em mais de R$ 3,8 milhões. A área verde está localizada na Cidade Tiradentes.

Em 2022, a DIPO, planejou, viabilizou e conduziu o projeto modernizar o equipamento, que tem como objetivo resgatar toda essa memória enquanto concebe melhorias em sua infraestrutura.

Serão recuperados os terreiros; redesenhados os acessos; reformadas as edificações, ampliando seu aspecto público; será criado um paisagismo simbólico, que inclui as camélias dos abolicionistas brasileiros (pessoas que se opunham ao regime escravista); e recriado um sistema de comunicação visual, no qual se retoma a história negra.

Confira as melhorias

  • Nova praça de acesso principal
  • Nova praça de acesso secundário
  • Consolidação de acesso informal
  • Grande terreiro
  • Pequenos terreiros
  • Arquibancada
  • Novo parquinho infantil
  • Nova academia ao ar livre
  • Novos espaços de permanência
  • Nova praça de quiosque
  • Reforma de edifício administrativo e centro de convivência
  • Mais áreas com plataforma de comunicação visual
  • Mais interligação com o centro comunitário do bairro

Histórico do Parque Linear da Consciência Negra

A sua implantação foi resultado da organização popular de setores do movimento negro paulistano, os quais vislumbraram na área verde semelhanças aos quilombos palmaristas. O grupo reivindicava que o equipamento fizesse referência à figura de Zumbi de Palmares e fosse capaz de promover uma leitura contemporânea do movimento negro em sintonia com as questões ambientais. O espaço foi inaugurado em 2009.

No projeto inicial, foram pensados elementos em correspondência à história da população negra. Imaginou-se terreiros, réplicas de habitações quilombolas, um centro de memória e diversos totens expositivos que abordariam fatos relevantes de uma história apagada. Nessa nova obra o parque busca a relação com tais referências.

 

A reportagem contempla os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 15 (vida sobre a terra) e 17 (parcerias em prol das metas). 

 

 

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