O Prefeito Ricardo Nunes assinou o Decreto Nº 62.581, publicado nesta quarta-feira (26/7), que estabelece a criação e denominação do Parque Natural Municipal Cabeceiras do Aricanduva. Localizado nas subprefeituras de São Mateus e Cidade Tiradentes, essa área de grande valor ecológico abrange 2.255.470 milhões de m² (226 hectares) – o 7º maior da cidade em dimensão. A Prefeitura de São Paulo já investiu cerca de R$ 50 milhões no processo de implantação, com demarcações, vigilância e desapropriações na área.
Essa área verde é classificada como uma unidade de conservação de proteção integral, sujeita aos critérios e normas de implantação e gestão estabelecidos pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, criado pela Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e regulamentado pelo Decreto Federal nº 4.340, de 22 de agosto de 2002.
A região que abriga esse espaço verde é dotada de importantes atributos naturais, que serão cuidadosamente preservados e recuperados. Especialmente notáveis são sua rica vegetação remanescente da Mata Atlântica e a diversidade biológica, bem como as nascentes dos córregos que deságuam no Vale do Rio Aricanduva.
Ao todo, foram identificadas 319 espécies de plantas vasculares, das quais 295 são angiospermas, 3 gimnospermas e 21 pteridófitas, sendo que 7 delas estão em situação de ameaça de extinção. Quanto à fauna, foram registradas 44 espécies de aves e dois mamíferos (um sagui e um veado). Vale ressaltar quatro aves endêmicas da Mata Atlântica que se destacam: o tucano-de-bico-verde, o periquito-rico, a choca-da-mata e o tiê-preto. Essas informações foram obtidas através de levantamentos realizados pelas equipes do Herbário Municipal e da Divisão da Fauna Silvestre, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA).
A implantação do Parque Natural Municipal Cabeceiras do Aricanduva integra o Programa de Metas da Prefeitura (Meta 63). Os próximos passos agora são concluir o cercamento da unidade e as obras de implantação para efetivar a abertura ao público, bem como os estudos para o Plano de Manejo dessa nova unidade de conservação paulistana.
Esta reportagem contempla os ODSs 13 (combate às mudanças climáticas) e 15 (vida sobre a terra).
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