No início de 2020, as fortes chuvas pararam as metrópoles brasileiras, como São Paulo e Belo Horizonte. Cientistas afirmam que casos como esse não serão isolados e que eventos climáticos intensos tendem a aumentar cada dia mais por conta das mudanças climáticas, colocando a segurança de várias pessoas em risco.

A agropecuária, o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis emitem a maior parte de gás carbônico e de outros poluentes presentes na atmosfera, sendo responsáveis pelas mudanças climáticas. O aquecimento global é resultado da retenção desses gases na atmosfera e de fenômenos naturais como o efeito estufa, que deixa a Terra mais quente.

As cidades se tornaram os alvos mais vulneráveis desses eventos extremos, isso por concentrarem grandes grupos populacionais e dependerem de estruturas, como energia, transporte, saneamento e drenagem, mais sensíveis a alterações do clima. Porém, as metrópoles são os principais agentes das mudanças climáticas, pois é nelas que é produzida a maior parte dos gases responsáveis pelo efeito estufa.

Outro fator que agrava ainda mais a situação de vulnerabilidade das cidades brasileiras é a forma acelerada e desordenada de seu crescimento. A ocupação de áreas de risco, o avanço sobre fundos de vale e rios e as modificações nos ambientes naturais fazem com que essa situação seja ainda pior. A expansão urbana substituiu as áreas verdes por bairros de alta densidade e com edificações que não obedecem a critérios técnicos.

Fonte: Nexo Jornal