Olha a chuva... faça a sua parte!

 
Quem disse que preservar a natureza é só poupar a área verde no parque? Aquele saco de lixo colocado dias antes da coleta, no portão, ou o que é jogado nas calçadas, é muito nocivo para o meio ambiente, pois ajuda a entupir galerias e bocas-de-lobo, contribuindo para ampliar as enchentes. Pensando nisso, a Prefeitura de São Paulo lançou em dezembro o Plano Chuvas de Verão (PCV), que integra várias secretarias e órgãos. O objetivo é evitar os transtornos provocados pelas fortes chuvas dessa época do ano, como alagamentos, escorregamentos e quedas de árvores, além de prestar apoio assistencial e ajuda humanitária às comunidades. O PCV deve se encerrar em 31 de março deste ano, mas pode se estender, se necessário.

Outras iniciativas são realizadas simultaneamente. Além do PCV, o governo municipal desenvolveu campanha de conscientização em sua comunicação para lembrar aos munícipes de que forma podem evitar os alagamentos (não despejando lixo em córregos ou nas ruas, por exemplo). Também intensificou obras voltadas para a contenção de enchentes, como entrega dos “piscinões”. Além do piscinão do Córrego do Cordeiro, em Americanópolis, já entregue, estão em obras equipamentos similares nos córregos do Ipiranga, Tremembé e Aricanduva.

Plano de Ação
O plano está dentro das diretrizes da nova Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei Federal nº 12.608/2012) e fortalece a cultura permanente do gerenciamento destes riscos, que é essencial para que a população tenha melhores condições para enfrentar o período de chuvas deste próximo verão. O PCV compreende ações preventivas, procedimentos emergenciais e de apoio assistencial e ajuda humanitária, a serem adotados pelo Poder Público Municipal e pela comunidade.

São considerados critérios técnicos baseados no monitoramento de dados pluviométricos, previsões meteorológicas, observações de campo e mapeamento das áreas suscetíveis à ocorrência dos eventos e suas consequências. O monitoramento de dados pluviométricos, a previsão meteorológica e a situação da cidade com relação a eventos meteorológicos ficam sob a responsabilidade do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE).
A Coordenação Municipal de Defesa Civil (COMDEC) e o CGE realizam a análise técnica para definição dos estados de criticidade para escorregamentos, enchentes e alagamentos, considerados os seguintes níveis: Observação, Atenção e Alerta. A coordenação geral do Plano é estabelecida de forma compartilhada entre o secretário executivo da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) e o coordenador geral do COMDEC, da Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU).

Zeladoria
A Secretaria Municipal das Subprefeituras é responsável pelos serviços de zeladoria diária em toda a cidade. Estas ações são fundamentais para a prevenção de enchentes e alagamentos. Entre janeiro e outubro de 2018 foram realizados serviços de limpeza mecânica 127 mil vezes em bocas de lobo e em 26 mil poços de visita. Outros 485 mil metros de ramais e 324 mil metros de galerias passaram por zeladoria. O ideal seria que a população não transferisse seu lixo para as calçadas, pois, com as chuvas, os detritos são conduzidos às galerias e bocas-de-lobo, contribuindo para paralisar a evasão das águas e provocar as enchentes.

Durante o período de chuvas, a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), em parceria com as empresas de varrição e Subprefeituras, intensifica a limpeza de bueiros e ramais, com o objetivo de evitar pontos de alagamento em bacias da cidade. Atualmente, a cidade de São Paulo contém cerca de 210 bacias, que são depressões formadas nas vias. Nestes territórios, o município tem aproximadamente 8.500 bueiros. A Amlurb, juntamente com as empresas de varrição, é a responsável pela limpeza dos bueiros, enquanto as Subprefeituras intensificam a limpeza dos ramais de ligação. O projeto, que já está em sua 7ª edição, começou na segunda quinzena de outubro e vai até março deste ano.