Seminário discute relação entre preservação do patrimônio ambiental e tombamento


O tombamento foi o meio encontrado por muito tempo para proteger o patrimônio natural, como as áreas verdes dos parques, diante da inexistência de uma legislação ambiental. Por isso, o seminário Práticas e Reflexões: Proteção Ambiental no Município de São Paulo e Tombamento discutiu o uso deste instrumento diante do processo de urbanização e da necessidade de encontrar novas formas de lidar com a preservação ambiental. O evento foi conduzido pelos Departamentos de Planejamento Ambiental (DEPLAN) e de Parques e Áreas Verdes (DEPAVE) da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) e aconteceu no dia 30 de novembro.

Para falar sobre conservação da cobertura vegetal no município, a primeira mesa contou com a participação da engenheira agrônoma Priscilla Martins Cerqueira e do biólogo José Francischetti Garcia (SVMA-DEPAVE) entre os debatedores. Uma das questões levantadas buscou a compreensão de novas categorias de remanescentes da Mata Atlântica para a preservação do patrimônio ambiental da cidade. Embora o mapeamento do Plano Municipal da Mata Atlântica (PMMA) liste categorias de vegetação não-arbóreas, o foco nas árvores é mais comum, levando à falta de mecanismos para proteção dos outros grupos.

A partir desta discussão, a mesa seguinte trouxe o tema Parques Públicos Municipais e os Espaços de Preservação para apresentar os fatores que antecedem e os desafios posteriores ao tombamento. A participação social, fundamental no processo de guarda das áreas verdes, foi assunto da última mesa do dia. Após a exposição das circunstâncias que permeiam o tombamento e a proteção ambiental, foi identificada a necessidade de estabelecer um diálogo claro com a sociedade sobre os benefícios da preservação do patrimônio ambiental e cultural, incentivar a participação neste processo e de destinar os recursos públicos adequadamente.