A primavera é de todos: preserve!

A primavera chegou e, com ela, as lindas cores que encantam os olhos de quem as contempla. O azul forte do céu sem nuvens, o rosa, o verde e o amarelo radiante parecem compor o arco-íris no chão: são as flores que desabrocham e atraem não só os olhares humanos, mas pássaros, abelhas e borboletas. No Parque Ibirapuera, com tanta vida por perto, é inevitável aquela "vontade" de presentear alguém com as flores dos jardins ou até mesmo levá-las para casa. No entanto, essa beleza toda não está ali ao acaso, para ser colhida. As flores cultivadas no Viveiro Manequinho Lopes fornecem as sementes que darão origem a novas mudas.

Novas espécies são introduzidas a cada ano no viveiro e aumentam a diversidade disponível; no futuro, elas serão usadas para dar vida à cidade de São Paulo, através do seu paisagismo. Essa cadeia de produção mensal de 67 mil mudas, muitas vezes, é prejudicada quando os munícipes colhem flores, sementes, ramos ou frutos. Por isso, mantenha as flores apenas ao alcance dos olhos!

Em setembro, o Viveiro Manequinho Lopes teve sua primeira etapa de revitalização entregue. As obras restauraram os 97 estufins e duas estufas. Um dos marcos de São Paulo, o espaço surgiu quando em 1920 o prefeito José Pires do Rio decidiu criar um parque nos moldes europeus na Zona Sul da capital. O nome da área, em tupi, era Ypy-ra-ouêra e logo seria o que conhecemos como o nosso Ibirapuera. O primeiro administrador do espaço foi o entomologista e jornalista Manuel Lopes de Oliveira, conhecido como Manequinho Lopes. Ele semeou árvores como pau-ferro, Ipê e Pau-Brasil, além de plantas herbáceas, arbustivas e floríferas. Depois de seu falecimento, em 1938, o Viveiro prestou a ele uma homenagem, recebendo seu apelido - Viveiro Manequinho Lopes.