A diversidade biológica carece de atenção

Nesta terça-feira (22), será comemorado o Dia Internacional da Biodiversidade. A data foi criada em 1922 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância e urgência de proteção da nossa da Biodiversidade. O significado da palavra (Bio – vida; diversidade - variedade) já aponta para essa importância, pois a biodiversidade trata exatamente sobre a variedade de espécies de seres vivos existentes em nosso planeta e o papel que desempenham na natureza.

A biodiversidade tem um papel fundamental para a vida natural e humana. Um ecossistema só funciona de forma correta por conta da diversidade de organismos que o habitam. As espécies são interligadas por mecanismos naturais e com funções importantes; os ecossistemas são os responsáveis pela proteção do solo e das bacias hidrográficas, purificação do ar, controle de pragas e equilíbrio climático.

Destruição
Um dos principais motivos do crescente aumento de destruição da diversidade biológica é o reflexo do uso excessivo dos recursos naturais (a caça e a pesca são as práticas mais comuns), o aquecimento global e a poluição. A falta da preservação do meio ambiente tem ocasionado diversos problemas ao planeta.

Se nada for feito, o quadro poderá se agravar ainda mais. Filmes de ficção científica seria difícil viver em um planeta destruído? A qualidade de vida decairia e isso afetaria pontos importantes da sobrevivência humana, tais como o suprimento de alimentos, a manutenção da saúde, escassez de água potável. As catástrofes naturais se tornariam mais graves e mais frequentes, mas com a conscientização as coisas podem mudar. Vamos lá, ainda dá tempo!

Filmes
A indústria cinematográfica tem mostrado uma produção bastante fértil para abordar o que seria da Terra em futuro não tão distante, considerando o descaso do homem com a biodiversidade. Na linha dos documentários, alguns falam da exploração industrial: Crude (2009) retrata um caso ocorrido no Equador sobre a exploração de petróleo no Lago Agrio – cuja contaminação remete ao que ocorreu em Chernobyl. Tapped (2009) afirma que 40% da água engarrafada vem mesmo de uma torneira.

Na linha das alterações climáticas, The Antarctica Challenge (2009) e The Polar Explorer (2011) trazem aspectos importantes sobre as alterações climáticas. Em The Cove (2009), vencedor do melhor documentário temático, a discussão é a prática japonesa de caça ao golfinho. GasLand (2010) aborda o arrendamento de propriedades nos Estados Unidos para a exploração de gás de xisto por meio da fratura hidráulica.

The 11th Hour (2007) é o documentário que apresenta um conjunto de soluções práticas para restaurar os ecossistemas do planeta. An Inconvenient Truth (2006) é o documentário sobre a campanha de conscientização que Al Gore deflagrou em sua campanha (ele ganhou o Nóbel da Paz de 2007). Vale conferir também os filmes do gênero mais respeitados pela comunidade científica.

Soylent Green (1973) fala da escassez de alimentos e, de quebra, de como continuaria no futuro a disputa de classes sociais. O cult Koyaanisqatsi (1982) trabalha com imagens (não há qualquer diálogo ou narração) para mostrar a vida em desequilíbrio (o significado do seu título). A animação Wall-E (2008) ganhou o Oscar de melhor filme de sua categoria. A ação se passa no ano de 2805, num planeta abandonado, coberto de lixo, com atmosfera tóxica e habitada por um exército de robôs. Se foi o que restou da Terra na ficção, esse futuro sombrio poderá se tornar realidade, se não fizermos nada agora para mudar!

Foto: divulgação Pixar