Prefeitura e Secretaria do Verde e do Meio Ambiente lançam “Sampa Verde”

“Esverdear São Paulo”, um dos principais objetivos da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, passa a ser uma meta a ser cumprida.

 O Programa de Metas da gestão 2017/2020, lançado no próximo dia XX, será composto por cinquenta metas elaboradas pelas secretarias municipais. E a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente marca presença neste Programa com a missão de “Plantar 300 mil árvores nas 10 Prefeituras Regionais com menor cobertura vegetal”. Batizado de “Sampa Verde” o programa terá o objetivo de levar mais qualidade de vida à população além de transformar a paisagem da cidade.

“Nosso esforço será por priorizar o plantio em regiões com maior carência de verde, tendo em vista as disparidades entre as diferentes regiões do município”, destaca o secretário Gilberto Natalini. A cobertura vegetal total de São Paulo alcança o percentual de 44% do território da cidade. No entanto, grande parte está concentrada no Parque Estadual da Cantareira, na zona norte, e nas Áreas de Proteção Ambiental Capivari-Monos e Bororé-Colônia ao sul, que por serem unidades de conservação, têm regramento próprio, o que limita o uso da população para práticas de esporte e lazer. Além disso, distribuição do verde, por região, é muito desigual: enquanto a Prefeitura Regional de Parelheiros possui 86,5% de cobertura vegetal, o Itaim Paulista possui apenas 6,45%.

Estima-se que, uma vez adultas, as árvores plantadas terão em média copa de 25m², o que representa um aumento de 7,5 milhões de m² de cobertura vegetal. Sabendo que atualmente essas regiões possuem aproximadamente 20,5 milhões de m², a execução do Programa resultará em significativo aumento de 36,7%, num horizonte de 10 a 20 anos, período para que as mudas atinjam o porte final.

Importante ressaltar que as demais 22 Prefeituras Regionais seguirão recebendo plantios de mudas em ritmos adequados e ganhando novas praças e parques nas oportunidades planejadas. Ou seja, a essência do “Sampa Verde” é disponibilizar o verde para todos.

Para colocar em prática o “Sampa Verde, foram estipuladas parcerias com a iniciativa privada, ONGs e universidades, visando reduzir os custos no ciclo de produção/plantio desde os viveiros. Ou seja, utilizar melhor os recursos públicos com eficiência e inovação. Também se recorrerá a mutirões com a comunidade, engajando crianças e jovens para que valorizem as mudas e se coíbam ações de vandalismo.

Impacto do “Sampa Verde” no dia a dia do cidadão:

Estima-se que o Programa “Sampa Verde”, resultará na ampliação de 1,52% a cobertura vegetal total do município, em paralelo à expansão de 36,7% nas 10 regiões prioritárias.

Isso se reflete diretamente na melhora de qualidade de vida da população e ampliação dos diversos serviços ambientais que a presença de árvores proporciona. Dentre eles, destacam-se: a amenização das chamadas “ilhas de calor”, zonas mais quentes por conta do asfalto e cimento que absorvem mais calor; a proteção à biodiversidade, já que as árvores são abrigo de diversas espécies de aves; a redução da impermeabilidade do solo, o que contribui para reduzir enchentes ao permitir infiltração e incrementa a umidade relativa do ar, tornando-o melhor para respirar e reduzindo doenças respiratórias; a retenção de material particulado e o sequestro de CO2, gás mais significativo de efeito estufa. Isso sem contar os demais benefícios paisagísticos e ainda a valorização dos imóveis pela ampliação do verde no entorno.

Prefeituras Regionais que inicialmente receberão as 300 mil árvores:

Aricanduva/Formosa/Carrão, Ermelino Matarazo, Guaianases, Itaim Paulista, Jabaquara, Mooca, Sapopemba, Sé, Vila Mariana e Vila Prudente. (A maioria delas está na zona leste, que abriga parte considerável da população de renda mais baixa e alguns bolsões de pobreza).

Estas 10 Prefeituras Regionais representam 14,02% da área do município e nelas vivem 26,58% da população paulistana. Estas regiões possuem apenas 3,02% da cobertura vegetal do município, ou seja, quase cinco vezes menos do que seria esperado se a distribuição do verde não fosse tão desequilibrada.