PARQUE DO CARMO COMPLETA 41 ANOS



Uma grande festa está agendada para o próximo sábado (30), para marcar o aniversário de 41 anos do Parque do Carmo, localizado na região Leste da capital paulista. Desde sua entrega à população, no dia 17 de setembro de 1976, o espaço de 1.500.000 m² tem demonstrado sua vocação para lazer, entretenimento, cultura e educação ambiental.

Para o sábado, as atividades terão início às 8h, com alongamento, seguido da cerimônia oficial de abertura para autoridades e convidados. Às 9h30 tem início a aula de Liang Gong, seguida de Dança Circular; das 10h30, às 11h, haverá atividade com um grupo escoteiro. O programa da manhã inclui ainda atividades de zumba (11h) e maracatu (11h30). À tarde, predominam as atividades culturais e musicais, como poesia e rima (13h), MPB e Sanfoneiro Andreazza (14h) e, às 14h30, o Grupo Coisa de Família. Ao longo do período (das 7h às 14h), será realizada a feira orgânica.

Opções

Conhecido por seu amplo bosque, o parque tornou-se conhecido por receber a já tradicional Festa da Cerejeira, comemorando a florada com a árvore-símbolo do Japão. O espaço, inclusive, possui diversos Monumentos à Imigração Japonesa. É dentro do parque que fica o Viveiro Prof. Arthur Etzel, com mudas de diversas espécies nativas para plantio.

O bosque possui mais de seis mil árvores, além de lagos e 135 espécies de fauna silvestre, com mamíferos (como veado-catingueiro e preguiça-de-três-dedos), répteis e aves (garças, mergulhões, martins-pescadores, irerês e ananaís). No quesito canto, destacam-se o trinca-ferro-verdadeiro, graúna e canário-da-terra.

O frequentador dispõe de local para inúmeras atividades, desde áreas para piquenique, pistas de Cooper, trilhas, Bosque da Leitura, churrasqueiras e quiosques, ciclovia, campos de futebol, anfiteatro e aparelhos de ginástica. Um dos destaques é seu Museu do Meio Ambiente. O acervo é bastante eclético, com utensílios indígenas, imagens antigas da cidade, um exemplar de jornal com reportagens sobre a Revolução de 1932 e referências ambientais expostas.

ORIGEM

Localizado no bairro de Itaquera, o nascimento do parque do Carmo tem forte ligação com boa parte da história da cidade. Seus primeiros ocupantes vinham de três tribos indígenas: Itaquerus (dando origem ao nome do bairro de Itaquera), Guaianás (que denominaram o vizinho Guainases) e Caaguaçus. Mas foi a vinda da Ordem Terceira do Carmo, conhecida como Ordem dos Carmelitas, que começou a desenhar o que viria a ser o Parque do Carmo.

Incumbida de catequisar os índios, essa ordem religiosa da igreja católica impôs seus costumes, levando à fuga dos indígenas para áreas mais distantes. Os Carmelitas transformaram as terras da Fazenda Caaguaçu, em 1722, introduzindo a exploração agrícola e a produção de gado e criando, assim, a primeira degradação ambiental do ecossistema original.

Em 1919, a fazenda foi vendida à Companhia Pastoril e Agrícola, de propriedade do Coronel Bento Pires, que deu continuidade às atividades de gado e o plantio de café. Foi nessa ocasião que o bairro foi servido por ferrovia, visando auxiliar no escoamento de sua produção, com iniciativa do engenheiro Artur Alvim – outro a emprestar seu nome ao bairro vizinho. Os primeiros loteamentos realizados por Bento Pires, na década de 20, deram origem aos bairros da Vila Carmosina e Cidade Líder.

Na década de 40, as terras originais da fazenda foram transferidas ao engenheiro Oscar Americano, o mesmo que se notabilizou pelo adensamento do bairro do Morumbi. Surgiram outros bairros, como o Jardim Nossa Senhora do Carmo (conhecido como Morumbi da Zona Leste).

Com a morte de Oscar Americano, em 1974, os herdeiros da Fazenda do Carmo a dividiram entre a Prefeitura de São Paulo e a Cohab. A Prefeitura fez algumas benfeitorias na fazenda e construiu banheiros, playground, churrasqueiras e áreas de descanso. O Parque do Carmo foi inaugurado em 17 de setembro de 1976, tornando-se o terceiro maior parque municipal da cidade de São Paulo.

Parque do Carmo – Olavo Egydio Setúbal
Av. Afonso de Sampaio e Souza, 951 – Itaquera - São Paulo.
Horário de funcionamento: diariamente, das 5h30 às 18h.
Tel.: (11) 2748-0010