Espécie ameaçada de extinção é cultivada no Parque Santo Dias, zona sul da cidade.

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O Parque Santo Dias, no bairro do Capão Redondo, zonal sul da cidade, possui um remanescente da Mata Atlântica, onde foi encontrada a palmeira Syagrus hoehnei Burret (que tem como sinônimo Lytocaryum hoehnei), mais conhecida como palmeirinha-prateada. Destaca-se que o encontro dessa espécie no parque em 1992 pelo Herbário Municipal, foi o primeiro registro de sua ocorrência no município desde sua descoberta em 1944.

Agora, com a ocorrência conhecida da espécie para a região sul do município de São Paulo (Parelheiros, Cratera de Colônia, Jaceguava, Marsilac, Parque do Estado), além das cidades Itapecerica da Serra, Cotia (Reserva do Morro Grande) e Embu-Guaçu, ela já foi considerada endêmica e ameaçada de extinção, mas sabe-se atualmente que sua distribuição estende-se ao estado do Paraná.

A palmeirinha-prateada, que traz em seu nome científico uma homenagem a Frederico C. Hoehne, fundador do Instituto Botânico de São Paulo, prefere a sombra e tem crescimento lento. Pode chegar a 4m de altura e caracteriza-se por possuir folhas delicadas na cor verde escuro na face superior e prateada na face interior.

Desde 2007, o administrador do Parque Santo Dias, engenheiro florestal Clodoaldo Cajado, observando que a palmeira não se reproduzia naturalmente, passou a experimentar técnicas de reprodução assistida, juntamente com o auxiliar do parque, Sr. Sebastião Vieira, mais conhecido como ‘Barriga’. Seu objetivo é disseminar a palmeirinha para outros parques da cidade que satisfaçam as condições de cultivo, após estudar e conhecer suas particularidades, como exigência de luz e solo. No viveiro do parque, já existem 200 mudas em produção.