Atenção redobrada nas férias


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Quem nunca empinou uma pipa? Provavelmente, quase todo mundo já passou por essa experiência, que mexe com o lado lúdico da criança. Balões também fazem parte do cenário junino e há até profissionais no assunto. No entanto, essas duas atividades se tornaram muito perigosas: o balão é um estopim para incêndios, enquanto a técnica do “cerol” (vidro moído) usada para “cortar” a linha adversária tem acidentes com vítimas fatais.

O cerol, uma mistura de vidro moído com cola, tem grande capacidade de corte depois de seca. Os praticantes da pipa o aplicam na linha para “cortar” a pipa adversária. Infelizmente, essa navalha doméstica tem promovido muitos acidentes, vitimando não apenas motociclistas (em geral, degolados com fatalidade), como também pela comunidade em geral, já que a linha cortante, após o rompimento com o artefato, fica solta e pode atingir outras pessoas pelas ruas.

Pais, educadores e comunidade devem orientar as crianças (e adultos!) para que a brincadeira de criança não vire caso de polícia: basta NÃO USAR o famoso “cerol” e só empinar a pipa em lugares abertos, longe de áreas de preservação (para não vitimar animais silvestres) e da rede elétrica (para impedir que crianças sejam eletrocutadas quando tentam resgatar o papagaio).

O alerta vale também para a modalidade dos balões, que durante muito tempo visitaram o universo infantil. A alegria de ver a tocha conduzir essa figura pelo céu dá lugar ao desespero de famílias vitimadas por incêndios provocados pela tocha, assim que o balão cai. Neste caso, o agravante é não ter qualquer controle sobre a tocha, como o tempo de queima ou, eventualmente, o local onde o balão irá cair. Escolas, residências, parques públicos, hospitais e áreas de preservação não estão livres do incêndio – considerado criminoso pela polícia, já que poderia ter sido evitado.