Parque Shangrilá ganha solução agroecológica


Foto: Arquivo SVMA

 

A força da água das chuvas é capaz de comprometer qualquer área em declive na natureza, e não seria diferente no trecho de encosta entre a quadra e o playground do Parque Shangrilá. Temendo uma erosão, foi proposta uma solução 100% sustentável: a implantação de canteiros drenantes dentro do mais avançado conceito de permacultura.

“Observamos que, em tempos de chuva, a água em grande volume poderia provocar uma séria erosão nessa encosta. Decidimos implantar ali os canteiros drenantes, cuja tecnologia agroecológica é de última ponta”, afirmou Audrei Costa, administradora do parque. O serviço foi precedido da poda das palmeiras e roçagem envolta dos canteiros de alta biodiversidade.

Ainda pouco utilizadas em áreas públicas, essas inovações agroecológicas podem comprovar sua eficiência no Parque Shangrilá. Além de proteger a encosta em solos pobres e compactados, a permacultura mistura diversas espécies. Essa mescla combate o maior problema da monocultura, que empobrece o solo tropical.

“Ainda há muita resistência para essas inovações, mas devemos fomentar a troca de paradigma para que o desenvolvimento sustentável aconteça em todos os sentidos”, opina Audrei. Os canteiros de Alta Biodiversidade (CAB´s) ou Canteiros Ornamentais em Sistema de Policultivo (COSP´s) partem do princípio da ajuda mútua entre as espécies, solução aplicada no Parque Shangrilá. Além do efeito de drenagem, o resultado estético foi amplamente aprovado pelos frequentadores do Parque.

Cultura permanente

A palavra permacultura se origina da expressão “permanent agriculture” e significa, literalmente, cultura permanente. Esse sistema engloba o desenho do canteiro, a escolha das espécies, a visão holística de equilíbrio e harmonia com a natureza. A permacultura propõe que o design (e sua composição) proporcione ambientes humanos em harmonia com a natureza.