Solstício de Inverno é assunto para astrônomos e público em São Paulo

O evento, que registra o início astronômico da estação no hemisfério sul, é o tema de palestra na Escola Municipal de Astronomia e Astrofísica do Parque Ibirapuera

A segunda- feira, dia 20 de junho, é simbólica: tem o dia mais curto e a noite mais longa do ano. E marca a chegada do inverno ao hemisfério sul, que começa oficialmente às 19h34 e termina em 22 de setembro, após 93 dias, 15horas e 46 minutos.

O contrário ocorre no hemisfério norte, quando começa o verão: o dia mais longo e a noite mais curta.

Durante os séculos XXI, XXII e XXIII, o início do inverno vai se alternar entre os dias 20 e 21 de junho. A próxima ocorrência no dia 22 será somente no ano de 2303.

Esse fenômeno astronômico é chamado solstício, que significa “sol parado”, ou seja, que o sol estará menos tempo no céu. E marca a época em que o hemisfério sul tem dias mais curtos e temperaturas mais baixas.

Segundo o professor Eder Canalle, da Escola Municipal de Astronomia e Astrofísica, ao contrario do que comumente se pensa, ele não tem a ver apenas com a distância do Sol da Terra, mas sim com o eixo de rotação da Terra, que é inclinado.

“Dependendo dessa inclinação, cada hemisfério recebe o privilégio de receber maior ou menor quantidade de raios solares. Agora é a vez de, no hemisfério sul chegar o inverno e no norte, o verão”, explica o professor.

Os solstícios acontecem duas vezes por ano: em dezembro, indicando, no hemisfério sul, dia mais longo do verão e, em junho, marcando a noite mais longa do inverno. O fenômeno é inversamente simétrico no hemisfério norte: o solstício de verão ocorre por volta do dia 21 de junho e o solstício de inverno por volta do dia 21 de dezembro.

Os solstícios definem as estações verão e inverno. Já outros fenômenos, os equinócios, indicam quando começam o outono e a primavera. Em setembro, o equinócio marca o fim do inverno e o início da primavera no hemisfério sul.

“As estações do ano acontecem por causa da combinação entre a inclinação do eixo de rotação da terra e o seu movimento de translação ao redor do sol. Em determinadas épocas do ano, algumas latitudes têm um período de radiação solar durante mais tempo do que outras”, relata a professora Kizzy Rezende, da Escola Municipal de Astronomia e Astrofísica do Parque Ibirapuera, responsável pela palestra sobre como ocorre o fenômeno, que acontece a partir das 19h, na própria Escola Municipal de Astronomia e Astrofísica do Parque Ibirapuera.