Descubra a origem do Viveiro Arthur Etzel

Produção de mudas na zona leste é feita no Parque do Carmo

Na segunda reportagem sobre os viveiros municipais, hoje vamos falar sobre o Viveiro Arthur Etzel, que é de extrema relevância para a cidade de São Paulo. O espaço de 40.000 m² é especializado na produção de plantas ornamentais arbustivas e herbáceas. Ele está situado no Parque do Carmo, zona leste, e conta com serviços de monitoramento para a visitação de grupos, mediante agendamento prévio, visando propiciar, além do contato com a natureza, disseminação de conhecimento sobre a produção de mudas.

 

 

 

Agora você já sabe as funções e atividades deste viveiro, mas e como ele surgiu?

Conheça a seguir a origem do local.

 

História do Viveiro Arthur Etzel

A história de Arthur Etzel tem suas raízes no mais antigo parque da cidade, o Parque Jardim da Luz, onde sua família apaixonada pela vegetação de São Paulo começou a promover a importância do verde e do meio ambiente nas décadas de 1920 e 1930, quando era usado principalmente para fins ornamentais. Arthur Etzel dedicou sua vida a esse ideal e, em sua homenagem, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente nomeou o viveiro no Parque do Carmo com seu nome (Decreto 50.102 de 10 de outubro de 2008).

Antônio Etzel, pai de Arthur Etzel, iniciou suas funções de administrador dos Jardins Públicos em 1899 e prosseguiu até sua morte, em 1930.

Nascido em 30/09/1889, primeiro ajudante de seu pai, começou a trabalhar como operário em 1905, com 16 anos, sendo nomeado ajudante do administrador em 1909 e substituído seu pai em 1930, permanecendo até seus 70 anos, ano de sua jubilação, pela idade. Ainda foi nomeado administrador do Parque Ibirapuera, função exercida até sua morte, em 1971.

Até sua aposentadoria compulsória, em 1959, Arthur Etzel era o único responsável pela administração dos parques e jardins de São Paulo.

Portanto, em 60 anos de administração consecutiva dos jardins da cidade de São Paulo, a promoção, a idealização e a execução das áreas verdes dessa cidade esteve sob o prisma da Família Etzel.

Em 1951, o empresário paulista Oscar Americano de Caldas Filho, fundador da Companhia Brasileira de Projetos e Obras, adquiriu uma área de 8.135.060,80 m² da Fazenda do Carmo. Ele construiu uma ampla casa principal, conhecida como o Casarão, no topo da colina da fazenda, juntamente com outras residências. Oscar Americano costumava passar suas férias e fins de semana no local. Após sua morte em 1974, seus herdeiros começaram a negociar a venda do espaço com a Prefeitura de São Paulo.

A gestão pública adquiriu a fazenda em 1976, inicialmente com o objetivo de criar um parque e transferir o Viveiro Manequinho Lopes do Parque Ibirapuera para essa área, para a produção de mudas para toda a cidade. Foi a primeira vez na história que a prefeitura investiu em uma área verde tão extensa, uma ação de grande importância para a zona leste, que carecia desses espaços para a população.

 

Em 19 de setembro daquele ano, o Parque do Carmo foi inaugurado, durante a administração do prefeito Olavo Setúbal. No começo, abrangia uma área de 1.549.630 m², mas atualmente possui 2 milhões m², incluindo um lago, o Bosque das Cerejeiras, ciclovia, pista de cooper, playground, campo de futebol, Centro de Educação Ambiental e uma vegetação diversificada com espécies nativas e exóticas, além de abrigar uma ampla variedade de fauna.

Anos depois, foi decidido estabelecer um viveiro no local em 1987, sem a transferência do Viveiro Manequinho Lopes do Ibirapuera, assim surge o Viveiro Arthur Etzel, numa área, inicialmente, de 24.000 m²

A localização do Viveiro, dentro do Parque do Carmo, remonta aos tempos da antiga fazenda, na área do galpão de ordenha, estábulos, cocheiras e instalações para cavalos e silos, posteriormente adaptada para o cultivo de sementes e mudas e armazenamento de insumos agrícolas, essenciais para a operação.

 

Confira aqui a primeira reportagem da série, sobre o Viveiro Manequinho Lopes. Na próxima semana falaremos sobre o Viveiro Harry Blossfeld.

 

Esta reportagem contempla os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) 12 (Consumo e Produção Responsáveis), 13 (Combate às Alterações Climáticas) e 15 (Vida sobre a Terra).

 

  

 

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