A cidade de São Paulo possui 108 parques municipais urbanos, que são essenciais para o meio ambiente, para o lazer dos adultos e das crianças, e também são muito importantes para a conservação do solo. Um solo degradado, sem cobertura vegetal significativa, fica com a camada superficial compactada, sem a porosidade necessária, e, assim, a água da chuva não consegue infiltrar para debaixo da superfície, escorrendo e podendo causar erosão. Outro problema é arrastar partículas com nutrientes prejudicando o bom desenvolvimento das raízes e das plantas, pois é a ação da biodiversidade de microorganismos existentes ali que deixam o solo bem rico em matéria orgânica garantindo a sua fertilidade. Com todas as condições físicas e químicas necessárias para a vida das espécies que compõe aquele ecossistema subterrâneo - composto de minhocas, fungos, protozoários e diversos seres vivos – há o auxílio na porosidade, evitando o escorrimento das águas das chuvas que podem causar alagamentos.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente tem um trabalho de conservação e também de atuação em dar condições para que as plantas estejam em um solo onde a água infiltre no subsolo para encontrar o lençol freático e assim não cause enchentes. A criação de faixas de contenção e um plantio em curvas de nível colaboram para um terreno fértil e são mecanismos para a recuperação de um solo degradado, utilizados pelos técnicos da Prefeitura.

 

Os principais desafios para a conservação do solo na cidade de São Paulo envolvem as informações e ações de técnicas simples, como plantios diversos nos quintais dos domicílios, plantio de árvores seguindo as normas e as políticas de arborização, o combate à erosão aumentando a infiltração da água em todos os ambientes vegetados, plantio de diversos sistemas de faixas de contenção em curvas de nível para áreas declivosas, além de uma gestão dos resíduos domésticos eficiente com a participação de todos. A utilização de resíduos orgânicos em compostagens contribui significativamente para a melhoria e estabilidade dos terrenos e ainda evita os impactos negativos nos aterros sanitários, como a liberação de gases do efeito estufa. É fundamental um conjunto de fatores quando se fala em conservação do solo: fertilidade, biodiversidade, infiltração da água, porosidade e a utilização dos resíduos orgânicos ali mesmo, no caso de parques e áreas verdes, como as folhas que caem das árvores que podem, além de serem compostadas em local apropriado, formar faixas de contenção ou coroar ao redor das árvores.

Com a crescente urbanização em São Paulo, é preciso também avaliar de quais formas as ocupações humanas trazem perigos para a conservação do solo. Elas não devem ser desordenadas, muito cimentadas, pois assim impedem que a água infiltre no terreno, proporcionando alagamentos em épocas de chuvas intensas. Devem ser evitadas moradias sem planejamento à beira de rios e represas. A política de realocação de moradias comandada pela Prefeitura também contribui efetivamente para a conservação do meio ambiente e das águas que vão ajudar a abastecer os mananciais de São Paulo.

Quando se fala em conservação do solo, deve-se pensar também em compostagem. Solo fértil significa que as plantas serão saudáveis e haverá abundância em biodiversidade. A população pode contribuir com ambientes ao seu redor com mais vegetação e criação de hortas caseiras e plantas comunitárias. A SVMA sugere também a participação em associações e conselhos ligados ao meio ambiente para que ideias e medidas sejam discutidas e tomadas para um mundo mais equilibrado e sustentável, com um solo conservado e com o máximo de pessoas engajadas e atuantes para esta questão que afeta a todos: água para a vida e solo saudável para as plantas exercerem seu serviço ambiental plenamente.

 

Canteiros de Alta Diversidade (CABs) plantados em cima da faixa de contenção: grande infiltração da água, trama de raízes de plantas várias: conservação do solo mesmo em taludes de alta declividade.