Viveiros municipais produzem mudas para plantio em parques, praças e canteiros da cidade

São Paulo possui três viveiros: Manequinho Lopes, Arthur Etzel e Harry Blossfeld

 Imagens dos três viveiros: canteiros com flores de várias cores como vermelho

Os viveiros municipais produzem mudas de diversos tipos de plantas para plantio em parques, canteiros centrais e praças da cidade. São Paulo possui três viveiros: Manequinho Lopes, Arthur Etzel e Harry Blossfeld e cada um deles tem a sua especialidade.

O Manequinho Lopes, situado no Parque Ibirapuera, produz mudas ornamentais arbustivas, herbáceas e vasos para a ornamentação da própria Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e, ainda, produzem plantas medicinais, aromáticas e também as plantas alimentícias não convencionais (PANC). Manequinho Lopes é uma homenagem ao entomologista Manoel Lopes de Oliveira Filho.

O Arthur Etzel, no Parque do Carmo, tem como principais objetivos produzir mudas ornamentais arbustivas e herbáceas. Seu nome é uma homenagem ao Arthur Etzel, um importante nome na ampliação de áreas verdes municipais em São Paulo.

Já o Viveiro Harry Blossfeld, no Parque Cemucam, é o único dos três especializado na produção de árvores da floresta ombrófila densa da cidade de São Paulo. Produz também outras espécies que são de outros biomas do Brasil e também de espécies exóticas. Harry Blossfeld é uma homenagem a um botânico alemão.

“Provavelmente em qualquer lugar que você ande em São Paulo vai passar pelo nosso trabalho, como a parte de ornamentação das grandes avenidas. Tem grama amendoim e capim do texas. Onde tem canteiro central de avenidas, praças, parques, jardim, muito provavelmente saiu de um dos três viveiros municipais”, disse Guilherme Brandão, engenheiro agrônomo do Viveiro Harry Blossfeld.

O trabalho de implantação de novas áreas verdes é apoiado por pesquisas e experiências do herbário municipal e pelo acervo desses viveiros, que primam pela preservação de espécies nativas dos biomas da cidade de São Paulo, reforçando, com a Divisão de Fauna Silvestre, o ecossistema dos animais que também habitam a cidade.

“Temos a diretriz de produzir a maior diversidade possível de espécies por uma questão ecológica. Quando você vai à mata, há uma riqueza muito grande: trepadeiras subindo nas árvores, bromélias, orquídeas, musgo, líquen, cada um desempenhando sua função”, explicou Guilherme Brandão. “Tentamos imitar o que vemos na natureza. Estamos promovendo a preservação dessas espécies próprias da cidade, fazendo com que, na hipótese de modificação das áreas naturais, você tenha um repositório delas”, finalizou.