Calor intenso e inverno severo são efeitos do aquecimento global

Imagem com fundo na cor preta. No centro, há uma representação do planeta Terra com a superfície rachada, como se estivesse prestes a explodir, com luzes vermelhas nas frestas.

O calor sentido em São Paulo, que se repetiu em praticamente todas as capitais brasileiras, tem uma relação com o frio intenso que castiga o oeste americano: o aquecimento global. É o que afirmam os especialistas do Observatório do Clima, entidade que procura alertar autoridades de diversos estados brasileiros para os riscos que as questões climáticas trazem ao homem e ao planeta.

A explicação, embora pareça simples, também está longe de ser “resolvida”, pois o que os especialistas explicam é a existência de três grandes “bloqueios atmosféricos”. Essa condição, que geralmente tem curta duração (cerca de dez dias), em 2014 superou esse limite em quase dois meses. Esse ano foi marcado por uma crise hídrica que todos os brasileiros jamais esquecerão.

Pois o verão de 2019 está sendo muito mais quente que o de 2014, e quase tão seco quanto. Segundo Marcelo Seluchi, climatologista do Cemaden (Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), a causa do calor e da falta de chuvas é um sistema de alta pressão sobre o centro-leste do Brasil, que deixa o ar mais seco, denso e estável, impedindo a formação de chuvas.

A origem pode estar relacionada a variações na cobertura de gelo marinho na Antártica ou a mudanças de circulação no oeste do Pacífico Tropical. Os especialistas ressaltam que, embora não seja possível atribuir fenômenos isolados ao aquecimento global, é impossível ignorar os efeitos causados por ele nos extremos sazonais do planeta. Basta conferir algumas médias: enquanto a Austrália superou as expectativas (50ºC), algumas capitais brasileiras também surpreenderam, como Florianópolis (40ºC), Porto Alegre (38,5ºC), São Paulo (31,8ºC) e Rio de Janeiro (40,4ºC).

O que fazer
Os governos, em todas as esferas, precisam adotar políticas públicas que contenham o aquecimento global. Mas compete a cada um adotar quatro atitudes para o combate ao problema. Confira:
Produzir menos lixo.
Cada cidadão deve se conscientizar de reciclar o que for possível, pois os materiais em decomposição liberam CO2 e metano, gases que contribuem para o efeito estufa.

Preferir o transporte coletivo
O volume de veículos individuais contribui com o aumento da queima de combustíveis fósseis, a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa (GEE).

Consumir produtos locais
Quando se adquire um produto fabricado em local distante, contribui-se para a emissão de GEE do veículo (ou meio de transporte) utilizado para trazer o bem até você.

Evitar o ar-condicionado
Se, por um lado, ele “resfria” o local, por outro libera o gás HFC (mais potente que o CO2) e joga na atmosfera o ar quente, contribuindo para elevar sua temperatura.

Fontes:
http://www.observatoriodoclima.eco.br/com-calor-voce-nao-esta/
https://www.wwf.org.br/