Dia Mundial das Zonas úmidas é comemorado neste sábado

 Fotografia do lago do Parque Ibirapuera em um dia ensolarado. Ao fundo, na parte superior, está a área verde repleta de árvores às margens do lago. A frase “Dia Mundial das Zonas Úmidas” está no centro da imagem, escrita em letras brancas.

Em São Paulo, a média da temperatura máxima para janeiro foi além dos típicos 28,2°C e atingiu 31,8°C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Por outro lado, nos Estados Unidos, a sensação térmica chegou aos -50°C. Neste sábado (2), é comemorado o Dia Mundial das Zonas Úmidas, cujo tema para 2019 é Zonas Úmidas e Mudança do Clima. Entretanto, de que forma os índices extremos podem estar relacionados à degradação destes locais?

Definida pelo Comitê Permanente da Convenção de Ramsar em 1997, a data visa a conscientização para a importância destes espaços, incluindo áreas naturais, como pântanos, lagos e manguezais, e artificiais, como os reservatórios de hidrelétricas. As zonas úmidas atuam na manutenção da biodiversidade, uma vez que abrigam espécies endêmicas terrestres e marinhas, e contribuem para o uso da água nas atividades humanas, pois aumentam a capacidade de retenção.

Aquecimento global e conservação

Diante das mudanças climáticas, as áreas úmidas tornam-se fundamentais porque absorvem e armazenam o carbono – um dos responsáveis pelo aquecimento global –, reduzem inundações e atenuam períodos de secas. O Brasil é um dos 150 signatários do tratado celebrado pela Convenção de Ramsar no Irã, em 1971. Por isso, a restauração, conservação e uso racional destes locais deve ser uma das prioridades da gestão ambiental.

Maranhão, Mato Grosso, Amazonas, Tocantins e Rio Grande do Sul concentram as oito áreas úmidas brasileiras de importância mundial, chamadas de Sítios de Ramsar. Em São Paulo, as Unidades de Conservação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) têm como objetivo a preservação dos ecossistemas. Outro instrumento de conservação é a implementação do Plano Municipal da Mata Atlântica (PMMA), que possibilita o mapeamento de ecossistemas ameaçados.


Fonte: WWF e Ministério do Meio Ambiente