Algumas organizações da sociedade civil divulgaram na última terça (23) um manifesto alertando que as montadoras estariam tentando atrasar o início de uma exigência que aprimora a performance dos carros produzidos e vendidos no Brasil, tornando-os menos poluentes. O documento, assinado por 16 entidades, informa que as empresas já deveriam cumprir os limites de emissões de poluentes por veículos preconizado pelo Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve).

Para essas exigências do órgão, as montadoras já deveriam migrar do padrão atual (Euro V) para o padrão “Euro VI”. O documento foi entregue ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), pois a adoção dessa nova tecnologia depende da entidade e o tema deve ser votado nos dias 30 e 31. O argumento das organizações subscritoras se baseia nos danos causados pela poluição do ar à saúde – principalmente às crianças e gestantes.

A mudança de padrão representa uma redução de até 80% nas emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), um dos precursores do ozônio, e de 70% nas emissões de material particulado. Com a adoção do Euro VI, 2.500 mortes prematuras por ano seriam evitadas no Brasil. A migração para o novo padrão representaria, ainda, uma economia de US$ 74 bilhões com gastos em saúde no país, de 2018 a 2048. A exposição de gestantes e bebês à poluição agrava o risco de mortalidade fetal e infantil, além das complicações respiratórias agudas e pneumonia.

Fonte: https://www.cidadessustentaveis.org.br/noticias/