O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, sancionou nesta sexta-feira (26), em cerimônia no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), a Lei que amplia os benefícios do Bolsa-Atleta e muda o nome para Bolsa-Atleta Rei Pelé, em homenagem ao maior jogador de futebol de todos os tempos.

O Projeto de Lei da Prefeitura que altera a lei de 2009 foi aprovado pela Câmara Municipal no último dia 3 de maio. O PL incluiu avanços no programa. A idade mínima para ter direito ao benefício foi reduzida de 14 para 8 anos; máxima permitida passou de 21 para 25 anos. O programa desenvolvido pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer subsidia atletas de alto rendimento no município.

Além do prefeito Ricardo Nunes, participaram da cerimônia o secretário municipal de Esportes e Lazer, Cacá Vianna, o diretor do Centro Olímpico, Mário Maeda Júnior, entre outras autoridades e alunos do COTP.

Nunes destacou os investimentos da Prefeitura no esporte, com a criação de programas e recuperação de equipamentos públicos, como os Centros Esportivos e as obras de recuperação do Centro Olímpico. Ele disse que, além de homenagear o rei do futebol, a ideia de ampliar o programa foi inspirada na skatista multicampeã Rayssa Leal.

“A partir de agora as crianças a partir de 8 anos poderão se beneficiar da Bolsa-Atleta, foi uma decisão inspirada na nossa querida Rayssa Leal, medalhista em Tóquio aos 13 anos. Estamos também aumentando a faixa etária até os 25 anos e reajustando os valores”, disse o prefeito Ricardo Nunes.

Para a faixa etária de 8 a 17 anos (antes 14 a 17 anos), o valor do benefício passa de R$ 624,28 para R$ 700. A idade entre 18 e 21 anos, de R$ 1.248,55 para R$ 1.400. Para as idades entre 22 a 25 anos, o projeto criou o benefício de R$ 2.100. A correção adotada é com base no índice IPCA-IBGE.

O programa também irá beneficiar atletas paraolímpicos e permitir o acúmulo dos “benefícios da Bolsa-Atleta Rei Pelé com os benefícios oriundos de programas de permanência estudantil ou de incentivo ao ensino, pesquisa, iniciação científica e extensão”.

O "Rei Pelé" dispensa a obrigatoriedade de que a pessoa beneficiada pela Bolsa-Atleta seja federada ou treine em um clube por pelo menos um ano. “Ocorre que as novas modalidades olímpicas (a exemplo do skate, break, escalada indoor, surfe, rúgbi seven, entre outras) ainda não foram internalizadas em clubes, assim como algumas modalidades clássicas (maratona). E bem assim, nessas modalidades recentes as federações e confederações não têm ainda um ano de existência, quiçá um atleta federado nesse período”.

Para garantir que o atleta não tenha mais de optar entre os estudos e o esporte, a proposta visa a permitir ainda que o jovem receba o Bolsa-Atleta Rei Pelé com benefícios oferecidos por programas de permanência estudantil ou de incentivo ao ensino, pesquisa, iniciação científica e extensão. O novo texto favorece a continuidade na linha acadêmica em conjunto com o desporto profissional quando o atleta estiver com mais idade.

Centro Olímpico ganha nova academia

O Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa vem recebendo uma série de investimentos para a melhoria de sua infraestrutura. O secretário de Esportes Cacá Vianna, fez um balanço das últimas realizações.

“Quando assumimos a SEME, o Centro Olímpico tinha 600 atletas. Hoje, graças ao trabalho do nosso diretor Mário Maeda Júnior, dobramos esse número. Estamos hoje entregando uma academia moderna, que vai ajudar no desenvolvimento dos atletas. O Centro Olímpico também está passando por uma grande reforma, com melhoria da piscina, das quadras, enfim, melhorando nossa infraestrutura”, disse Cacá Vianna.

Na cerimônia de sanção da Bolsa-Atleta Rei Pelé e da entrega da nova academia, a direção do Centro Olímpico também anunciou a distribuição de novos uniformes para os atletas.

Texto: Paulo Rodolfo de Lima - paulorlima@prefeitura.sp.gov.br
Fotos: Guilherme Couto - guilhermecouto@prefeitura.sp.gov.br