SEME promove ação conjunta de atleta velejadora com o PEMA

Bruna Patrício, contemplada do Bolsa Atleta, conhece o CE Guarapiranga e planta árvore em homenagem às mulheres

Na imagem, a atleta de vela, Bruna Dí Croce Patrício, na represa Guarapiranga.

No mês em que celebrou-se o Dia Internacional da Mulher, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer juntou a atleta da vela, Bruna Dí Croce Patrício, que compete em um meio essencialmente masculino, com a questão dela usufruir do benefício do Bolsa Atleta, concedido pela Prefeitura de São Paulo, segundo alguns critérios e que tem nova edição publicada nesta semana, além de ser uma atleta “Neutra de Carbono” para plantar um Ipê Amarelo, através de uma edição especial do PEMA, nas margens da represa Guarapiranga, dentro do Centro Esportivo de mesmo nome. Bruna também concedeu uma entrevista para falar de sua carreira e conquistas, seus projetos futuros, a dificuldade de conciliar o curso de Educação Física na USP com treinos e competições e como é ser uma velejadora de ponta.

Ela explicou da importância que o Bolsa Atleta tem dentro de um esporte notoriamente caro e com pouco apoio: “A vela é um esporte que tem pouca visibilidade, mesmo sendo um esporte que obteve diversos resultados incríveis para o Brasil, tem pouca visibilidade, pouca gente conhece. Então, questão de patrocínio, de conseguir apoio, é difícil, mesmo se você é um velejador de alto nível. E o Bolsa Atleta me ajudou muito, com todas as viagens. É bem caro os custos, você tem que viajar, hospedagem, transporte do barco, peças do barco que precisa trocar com o passar do tempo. Então, foi muito gratificante, espero conseguir mais resultados para continuar com esse apoio incrível que é o Bolsa Atleta”, comentou esperançosa.

Na imagem, a atleta de vela, Bruna Dí Croce Patrício, com um papel na mão com os dizeres: Bolsa Atleta.

Em outro trecho da entrevista, Bruna traz a visão de uma mulher competindo contra ou em conjunto com velejadores masculinos: “É muito legal ver isso, porque, na vela, a maioria é de homens, é muito legal ver as mulheres crescendo na vela. O que elas (Martina Grael e Kahena Kunze) fizeram foi um feito histórico, foram bicampeãs em um barco que é super-moderno, 49er, que lá fora o pessoal consegue material antes, elas conseguiram passar essa barreira. No dia, semana, mês da Mulher, o que pensamos é sobre isso, é sobre o tanto que já conquistamos no esporte, o tanto que a gente tem para conquistar e como nós mesmas, como mulher, conseguimos ser referência para outras de novas gerações que estão vindo, agora que sou mais velha penso nisso também”.

O mais interessante é observar a luta por espaço e reconhecimento: “É difícil, sempre vai ser, tem sempre essa questão no país, como sociedade. Acho que temos que enfrentar mesmo, cada vez mais mostrando nosso valor, que conseguimos fazer o mesmo. Eu sou um grande exemplo disso, nos campeonatos, eu consigo andar junto com os caras, na frente. Muitas vezes eu me senti desvalorizada. Por exemplo, quando estou velejando com um homem de minha dupla e nós fomos bem, surge: ‘ah, mas estava velejando com tal pessoa, não foi a Bruna’, sabe? Mas, hoje em dia, acho que já conquistei bastante espaço na vela brasileira para falarem: ‘Realmente, se não tivesse essa menina, não teria dado certo’. É cada vez mais demonstrar nossa força, nossa vontade e realmente não ligar para comentários ridículos”.

Na imagem, a atleta de vela, Bruna Dí Croce Patrício, ao lado do plantio do Programa Esporte e Meio e Ambiente (PEMA).

Bruna também falou da emoção de participar do PEMA: “Foi muito legal fazer parte de uma das ações do PEMA, plantando um Ipê Amarelo. Eu nasci em Brasília/DF, então, na minha infância toda, eu via ipês pela cidade, tinha até um no meu quintal. Ter plantado esse ipê nas margens da Represa Guarapiranga foi bem legal, pois é meu local de treino, velejando vou poder ver. Acho o PEMA um programa muito importante que a SEME promove, pois relacionar o meio ambiente ao esporte é um movimento de grande influência. Eu, que sou atleta da vela, reconheço que é essencial promover esses tipos de programa, principalmente, pois meu esporte depende de condições naturais e nós, velejadores, sempre estamos presentes em mares, lagoas e represas (em contato com a natureza)”, ressaltou.

Por fim, elogiou as instalações do Centro Esportivo: “Eu não conhecia o CE Guarapiranga, achei um lugar incrível, com um espaço enorme e maravilhoso nas margens da represa. Tem quadras, piscinas e espaços coletivos, onde o esporte pode ser promovido, achei um local incrível que deve ser valorizado”, falou a atleta que segue seus treinos em busca da vaga para representar o Brasil no Pan-Americano do Chile deste ano, na classe Lightining.

Quer ver mais da entrevista de Bruna Patrício? Acesse o link do YouTube da SEME para assistir o vídeo.

Na imagem, a atleta de vela, Bruna Dí Croce Patrício, arrumando seu veleiro.


Texto: Juvenal Dias - juvenaldias@prefeitura.sp.gov.br
Fotos: Felipe Elessu - felalves@prefeitura.sp.gov.br