Nos pênaltis, São Paulo bate Vasco e conquista a Copinha

Tricolor fez a festa no gramado molhado do Pacaembu

Foi duro, mas o São Paulo, enfim, conquistou o quarto título da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Com um trabalho da base respeitado pelos títulos da Copa RS em 2017 e a Supercopa em 2018, faltava o troféu da Copinha, que não vinha desde 2010. Após bater na trave na edição anterior, o tricolor paulista fez um jogo emocionante contra o Vasco da Gama e, embaixo de muita chuva no Estádio do Pacaembu, venceu os cruz-maltinos nos pênaltis após empate por 2 a 2 no tempo normal.

O primeiro tempo foi todo do time paulistano. Com maior aproveitamento da posse de bola e mais chances criadas, parecia questão de tempo para a abertura do placar. E assim foi. Aos 38 minutos, Antony fez bom cruzamento da direita e achou Gabriel Novaes nas costas da zaga dos cariocas. O camisa 9 do São Paulo usou a cabeça para anotar o décimo gol e consolidar o título de artilheiro da competição.

Com as duas equipes já no vestiário após o árbitro encerrar o primeiro tempo, uma chuva torrencial atacou a região do Pacaembu. A tempestade foi tão intensa que derrubou a energia de parte do bairro – o que não atingiu o estádio Paulo Machado de Carvalho graças aos geradores utilizados. Na volta do intervalo, os jogadores encontraram um gramado molhado, mas a drenagem do campo deu conta e a partida pôde rolar sem maiores problemas.

Melhor para o São Paulo, que retornou ligado e, logo aos sete minutos da etapa complementar, viu Antony ser lançado na grande área, gingar para cima da marcação e finalizar de esquerda para o fundo do gol. 2 a 0 para o tricolor, que parecia encaminhar com facilidade a conquista da taça. Mas só parecia. Ambos os técnicos mexeram no time, mas as alterações realizadas por Marcos Valadares, técnico do Vasco, surtiram um efeito positivo.

Após boas chances criadas e desperdiçadas, a equipe carioca, enfim, conseguiu balançar as redes com Lucas Santos aos 30 minutos. O destaque cruz-maltino cobrou falta com perfeição da entrada da área e diminuiu a vantagem paulista no placar. A bola ainda bateu no travessão antes de entrar. Oito minutos depois, a defesa do São Paulo cochilou e, após belo cruzamento, Tiago Reis teve tempo e espaço para dominar dentro da área e tirar de Thiago Couto para igualar o duelo. Com o empate, a disputa foi para os pênaltis.

Na marca da cal, os meninos do tricolor mostraram mais calma. Das quatro cobranças, três foram convertidas com Ed Carlos, Morato e Tuta – somente Marcos Júnior chutou para fora, justamente quando tinha a chance de dar o título ao time. Do lado vascaíno, o contrário: uma cobrança convertida – a primeira, com Lucas Santos – e outras três desperdiçadas – Tiago Reis e Riquelme foram parados por Thiago Couto e Gabriel Norões acertou o travessão.


Presença ilustre na festa da premiação

Antes da partida, alguns atletas do São Paulo rasparam a cabeça em homenagem à pequena torcedora Larissa, de seis anos. A garota luta contra um câncer no cérebro e conheceu a delegação são paulina na passagem do time por Mirassol. Naquela oportunidade, Antony prometeu um gol à menina e cumpriu. Dessa vez, além do gesto antes da final, os jogadores receberam Larissa no palco da celebração dentro do gramado do Pacaembu. A premiação contou ainda com a presença do prefeito Bruno Covas, o secretário municipal de Esportes e Lazer João Farias, além de Reinaldo Bastos presidente da Federação Paulista de Futebol e Fernando Soleiro e Mauro Silva vice-presidentes da entidade.

Texto: Guilherme Guidetti
Fotos: Beatriz Gois