Eram decorridos 9 minutos do segundo tempo no Estádio Borussia Park, em Monchengladbach quando Rosana recebeu uma bola açucarada na entrada da grande área, levantada por Cris. Com a perna direita ela tirou a zagueira australiana da jogada e com a esquerda acertou um potente chute que mandou a bola na altura do ângulo esquerdo da goleira adversária. Gol do Brasil! Gol de uma atleta ainda não tão badalada, mas de muita categoria. Antes de viajar à Alemanha ela havia declarado, com humildade, que o time estava forte graças às suas companheiras:

"Com atletas diferenciadas como Marta, Cristiane e Formiga a gente espera coroar o trabalho que vem sendo feito com o título."

Foi ela, no entanto, o ponto alto do jogo contra a Austrália. Rosana é uma brasileira comum, igual a tantas outras, cuja vida deu uma guinada depois de conhecer o Centro Olímpico de São Paulo, onde faz parte do time de futebol feminino.

Como ocorreu com Rosana, as portas do Centro Olímpico de Treinamento de Pesquisa estão abertas para aqueles e aquelas que têm vocação ou muita força de vontade. Ela é uma entre os 1200 jovens que se preparam, nesse centro de excelência esportiva, para a Olimpíada de 2016. E também para a vida.