“Não tem nada igual em meu país” disse o premiadíssimo atleta Paul Tergat, do Quenia ao visitar, pela primeira vez, o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, situado em Moema. “E em poucos lugares do mundo eu vi algo parecido com isso.” Ele está na cidade para promover a Maratona de São Paulo que será disputada no próximo domingo.

Recebido na pista de poliuretano – homologada para meetings internacionais pela Federação Internacional de Atletismo – por algumas dezenas dos 1200 atletas que treinam no Centro Olímpico ele fez a festa da meninada. Correu alguns metros ao lado deles e depois conversou com os futuros atletas.

“Vocês são privilegiados por dispor de um equipamento deste nível” disse ele “eu comecei correndo não numa pista como essa, mas descalço, na terra, para ir à escola. Vocês têm que aproveitar ao máximo para também se tornarem campeões.”

Vencedor de cinco São Silvestres, Tergat fez questão de percorrer todas as instalações, não só as de atletismo. E a cada momento ele se espantava: “Mas tudo isso é público?Uau!”

Ao conhecer a única piscina pública olímpica e aquecida de São Paulo, utilizada tanto por quem está aprendendo a nadar quanto por campeões como Cesar Cielo, alguém perguntou quem era mais veloz: ele na pista ou Cielo na água?.
“Cielo é mais rápido do que eu” disse ele “mesmo porque eu não sei nadar”.

Em conversa com o Secretário de Esportes, Lazer e Recreação Bebeto Haddad, o atleta admitiu que o Quenia é destaque em corrida, mas é fraco nos outros esportes, ao contrário do Brasil.

“O Brasil é um país esportivo. Em 2014 voltarei a São Paulo para assistir à Copa do Mundo” disse ele. “O nosso futebol é pífio.”

“Mas em compensação vocês fizeram o presidente dos Estados Unidos” comentou o Secretário, lembrando as origens de Barack Obama.