Basquete: Niccolly Viscardi conseguiu vaga na Seleção Paulista em menos de 3 anos no COTP

Para fechar a série Pratas da Casa deste ano, convidamos uma das melhores atletas do Centro Olímpico. Niccolly Viscadi tem 15 anos e em menos de três anos no Centro Olímpico, já conquistou uma vaga na seleção paulista sub-15 de basquete.

Niccolly sempre gostou de esportes, sempre praticava na escola e foi assim que conheceu o basquete. A amiga queria companhia para jogar basquete, Niccolly queria uma companhia para jogar futebol. “Eu sempre gostei de esportes, mas eu odiava basquete, sempre fugia das aulas. Ai eu comecei a jogar, gostei e acabei me aperfeiçoando”. Deixando de lado o futebol, a atleta começou a se dedicar cada vez mais na nova paixão. “Eu gosto de esporte coletivo, e achei que o basquete tem muito mais companheirismo do que no futebol, é mais dinâmico, mais rápido”. Com o aperfeiçoamento no esporte recém-descoberto, a aluna começou a procurar um lugar que pudesse receber um suporte maior, e foi quando ela conheceu o Centro Olímpico, através do namorado da prima.

A rotina ficou bem mais agitada, depois que volta da escola, Niccolly vai ao curso de inglês e depois vai aos treinos no Centro Olímpico. “Eu volto estudando, continuo estudando quando chego em casa e só vou jantar quando termino. É bem pesado, mas eu gosto né?”. Para se manter firme e forte, a atleta conta com o apoio da família e os amigos. A mãe hesita um pouco, ela acredita que jogando basquete a filha pode se tornar menos feminina. “Eu explico que não tem nada a ver, é uma coisa que eu gosto, sabe? Já discuti uma vez com ela por causa disso. Já meu pai me apoia bastante, tem muito orgulho de mim”. As amigas também não ficam atrás, elas sempre estimulam a aluna e procuram frequentar os jogos.
Antes de entrar na quadra para disputar os jogos, Niccolly tenta se manter calma. “Eu tento dar o meu melhor, preciso ajudar o meu time ganhar. Antes eu ficava muito nervosa, mas esse ano eu comecei a ficar mais calma e vi que o rendimento aumentou. Então antes de entrar na quadra eu faço uma oração e tento ao máximo me acalmar”. A garota que vem conquistando espaço dentro do time, já participou do campeonato Paulista pelo Centro Olímpico, ficando em terceiro lugar. Foi jogando nesse campeonato que Niccolly conseguiu visibilidade para entrar para a seleção. A aluna contou que não estava jogando bem e, um conselho da assistente técnica foi o responsável por mudar o rumo da situação. “Ela falou ‘Agora você vai lá e fala pra técnica que você está confiante e que ela pode te colocar no jogo’. Eu olhei pra cara dela e disse que ela iria brigar comigo”. Depois de passar um tempo vibrando pelo time a técnica resolveu coloca-la de volta no jogo. “Então eu comecei a pensar no que tinham me falado, eu precisava ser confiante e então meu desempenho melhorou muito. Nem me reconheci”. A técnica da seleção paulista, que estava aguardando o jogo da equipe dela notou o ótimo desempenho da Niccolly e resolveu chama-la para fazer parte da Seleção Paulista. “A professora me contou quando eu estava no vestiário, demorou pra cair a ficha, mas quando me toquei comecei a chorar muito. Fiquei muito feliz”. Jogando pela Seleção Paulista, a nossa pequena promessa conseguiu o primeiro lugar no Campeonato Brasileiro invicto.

Quem vê a atleta confiante, pensa que ela sempre teve certeza de seus objetivos, mas antes de chegar aonde chegou, Niccolly pensou em desistir. “Quando eu mudei de categoria eu me sentia muito inferior, como elas eram mais velhas tinham mais experiência. Só que comecei a ficar desanimada, queria desistir, mas depois que isso passou eu peguei o pique e tive certeza que era isso que eu queria”. Agora a aluna já estipulou a sua nova meta: Entrar para a Seleção Brasileira e depois conseguir jogar nos Estados Unidos. Para manter o foco, Niccoly se inspira em grandes atletas como Hortência e Magic Paula. “Uma vez eu fui entregar um prêmio para a Magic Paula , quando eu a abracei falei que queria ser igual a ela. A Magic Paula virou pra mim e falou ‘Você vai ser melhor’! Depois disso fiquei muito feliz, muito feliz mesmo, fiquei mais animada e mais determinada”. O suporte dado pelo Centro Olímpico é peça importante no desenvolvimento da atleta. “A professora me apoiou muito, desde que cheguei aqui, se não fosse ela eu não teria conseguido chegar aqui. Os profissionais do Centro Olímpico me dão todo o suporte, me cobram e acreditam em mim”.

Na próxima semana Niccolly entra em férias dos treinamentos do Centro Olímpico, mas sua paixão pelo esporte vai impedir que ela tire férias do basquete. “Vou jogar no parque, no clube. Vou jogar em algum lugar, só de pensar em ficar longe da quadra dá uma coisa ruim”. A aluna contou que vai procurar se reunir com algumas colegas de time para continuar treinando, como ela mesma disse: “Não queria ter que tirar férias daqui, por mim iria direto, mas é preciso deixar o corpo descansar um pouco”.
 

Texto e Foto:
Renata Simond - rsimond@prefeitura.sp.gov.br

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