Texto: Paulo Sergio Serra Teixeira
pauloserra@prefeitura.sp.gov.br

Vanessa Dini
vdini@prefeitura.sp.gov.br

Fotos: Paulo Gervino
pantar@prefeitura.sp.gov.br


Regina passou por vários empregos antes de entrar na Prefeitura. Trabalhou em banco, hotel, indústria, escritório de advocacia e nas áreas de telefonia e da saúde.

Chegou a Prefeitura inesperadamente. “Uma amiga me convidou para ir à Igreja, mas eu tinha tomado um tombo perto de casa e estava tão cansada que quase não fui. Só que ela insistiu e como eu estava desempregada resolvi ir para orar por um emprego novo. Ao fazer o pedido, uma senhora que estava no culto me entregou um papel com o nome de um rapaz e falou pra eu procurar ele na Câmara Municipal. E não é que ele me arrumou um emprego como faxineira. Foi Deus mesmo”.

Ela estava como contratada e após um ano prestou concurso e foi efetivada como servidora pública, no cargo de agente de apoio. “Fiquei oito meses no Gastão Moutinho, um ano no Balneário Geraldo Alonso e já são 24 anos de Clube Escola Casa Verde.” Regina Alves da Silva tem 56 anos de idade é paulistana, tem ensino médio completo e universitário incompleto em Comunicação Social na Universidade Braz Cubas.

No Clube, como agente de apoio, Regina realiza diversas funções. “Trabalho como auxiliar administrativa, faço a merenda das crianças, carteirinhas dos usuários, e se precisar eu cuido também da limpeza.”

“Sou apaixonada por esse lugar. É como um cômodo da minha própria casa, afinal, passo muito mais tempo no Clube do que lá. Aqui tenho uma segunda família, um bom relacionamento com todos. Se houver possibilidade pretendo ficar até depois da aposentadoria. Eu me sinto realizada e gratificada. Um dia uma criança chegou para mim e falou – ‘posso te chamar de avó? ’ – ele sentia falta desse carinho, pois a sua avó não lhe dava atenção e bebia muito. Gosto de ajudar as pessoas e às vezes o que elas precisam é só isso mesmo, uma palavra amiga”.

E sobre as mudanças que presenciou dentro do Clube Escola Casa Verde, ela nos disse: “Tudo melhorou demais. Quando cheguei aqui os portões ficavam abertos, não tinha segurança ou controle algum. Estava cheio de usuários de drogas, os muros todos pichados. Agora não, nós sabemos todos que entram e saem daqui por causa das carteirinhas, e já temos seguranças de plantão. Atendemos em média 400 pessoas por dia”.

E Regina nos contou uma história: “Foi triste na hora, mas depois muito engraçada. Estávamos aqui no Clube, há muito tempo atrás, já no final do expediente, arrumando nossas coisas para ir embora, quando um doido entrou atirando para todos os lados. Nosso diretor não tinha uma perna, usava uma bengala, e mesmo assim saiu ‘correndo’ atrás do doido. A cena foi muito cômica.” – Regina relembrou rindo bastante. “É até bom lembrar dessas coisas para pensar em como a segurança do Clube melhorou.”

Nas horas livres, nossa entrevistada faz caminhadas e utiliza o próprio Clube Escola onde trabalha para fazer exercícios. Ela também tem atividades na igreja Evangélica que frequenta e gosta de ficar com a família.

E para o futuro, Regina pretende terminar o curso de graduação em Comunicação Social. “Sou muito falante, comunicativa, amo jornalismo.” E também sonha em ver os netos formados. “Já realizei o meu sonho de morar sozinha, ter minha casa própria, agora espero que eles consigam sua realização pessoal.”

Regina Alves da Silva faz parte da história do Clube Escola Casa Verde e também é membro da Família SEME.