Texto:Paulo Sérgio Serra Teixeira
Lucas Favoretto e Vanessa Dini
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Foto: Francisco Pinheiro
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Aos 75 anos de idade Anita Schuartz, mais conhecida como Dona Anita, acumula ao longo de sua vida 50 anos dedicados ao voluntariado. Sua história é recheada de momentos marcantes desde seu nascimento até hoje. Nascida em Quatá, uma cidadezinha do interior de São Paulo, e filha de pais estrangeiros foi registrada com o nome de Ana, apesar da vontade de seus pais de a chamarem de Anita, este nome foi considerado impróprio pelo tabelião que fez com que seus pais mudassem de ideia.
Durante toda a infância foi chamada de Anita, mas quando chegou à capital descobriu que seu nome era na verdade Ana. Aos 26 anos após ter tido seu primeiro filho e sofrendo de depressão pós-parto descobriu no voluntariado um remédio, e melhor, uma paixão.
Ela se tornou visitadora social, ia à casa de idosos e vendia convites para chás beneficentes, chegou a varrer casas e todo o tipo de trabalho que podia para ajudar aos mais necessitados. Dona Anita descreve essa sensação “como tomar o primeiro gole de uma pinga” que se torna um vício.
Assim acumulou experiência até que foi convidada pelo secretario da época a gerenciar um programa de voluntariado na Secretaria de Esportes. Em sua primeira semana teve cerca de 600 inscrições, mas sem uma estrutura formada encontrou grandes dificuldades para organizar e atender a todas.
O tempo passou até que no final de 2011 foi oficializado o programa de voluntariado da SEME que em 2012 dará cursos de capacitação e busca atrair, motivar e fidelizar jovens e funcionários da própria secretaria. Hoje o programa já conta com 3600 voluntários cadastrados.
Anita mostra que o trabalho voluntário é gratificante como quando uma funcionária da Secretaria de Esportes a procurou falando que tinha um neto com deficiência intelectual e ele era criado por ela. Suas dificuldades de sustentá-lo eram grandes, pois ele não teria “capacidade” de trabalhar. Anita levou o menino a instituição onde é voluntária, e que, disponibiliza cursos profissionalizantes para jovens e adultos.
O menino completou o curso e foi estagiar em uma empresa, onde acabou sendo contratado enchendo a todos de orgulho e dando a Dona Anita a satisfação de dever cumprido a qual pretende passar a jovens mostrando a alegria que esse trabalho proporciona e que nenhum salário no mundo é capaz de fazer o mesmo.