Seguindo tradições: Campeonato Brasileiro de Sumô é realizado no Estádio Mie Nishi

Competição de Sumô quebra paradigmas e mostra que o esporte é para todos

Quando se fala em sumô, imagina-se em lutadores imensos. Na maioria das vezes, japoneses e grandes. Neste sábado, dia 25, o Estádio Municipal de Beisebol Mie Nishi, no Bom Retiro, recebeu o Campeonato Brasileiro de Sumô Masculino e Feminino. E serviu para quebrar paradigmas. A tradição japonesa se manteve, mas atletas de todos os biótipos mostraram que nem sempre o peso é a maior arma para que o atleta da modalidade vença a luta. A competição ocorreu das 8h30 às 16h00. A abertura do evento contou a presença do Secretário Celso Jatene. No domingo será feito o encerramento do campeonato.

O torneio recebeu um bom público. As arquibancadas da arena estavam lotadas. Atletas de 5 a 31 anos participaram do campeonato. Cerca de 100 atletas foram inscritos. O Sumô foi tradizo ao Brasil através dos imigrates japoneses. A modalidade é bem diferente das outras. Não se sabe o ano de sua origem, apenas a nacionalidade: O Japão. O Sumô preserva muitas tradições e conserva as regras. Antes de começar a competição, foi realizada uma cerimônia de abertura na qual o tatame é purificado. No Sumô o tatame é chamado de "Dohyô", o kimono de Nawashi e os atletas de Sumotori. Para vencer a luta, o atleta deve tirar o adversário do círculo ou derrubá-lo no solo.

Atletas de diversos estados participaram do evento.
Um grupo de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, ficaram alojados no Ginásio de Beisebol, só para participar da competição. Segundo eles, já que estão no início de carreira, o importante agora é ganhar experiência. Jair, Arthur, Douglas e Bruno, todos entre 17 e 18 anos, afirmam que no sumô a chave para o sucesso não é o peso e sim a técnica; “Um atleta não pode ser persuadido pelo peso do adversário. Se você for grande e não tiver técnica, pode ter certeza que irá perder a luta".

Já o Conrado Algusto Gomes, 31, mantem o estilo de lutador tradicional.  "O esporte sempre engrandesse o ser humano". Ele pratica artes marciais desde os quatro anos de idade. Começou a lutar Sumô há 15 anos. Após se tornar campeão em um torneio de Judô recebeu um convite para praticar o Sumô. Segundo ele, foi paixão a primeira vista. Hoje, ele é um dos destaques da modalidade no Brasil. "Sou apaixonado por esse esporte. O sumô mudou minha vida".

Oscar Morio Tsuchiya, Vice-Presidente da Confederação Brasileira de Sumo afirma que o esporte vem se popularizando no Brasil. No campeonato, foram poucos os que eram dessedentes de japoneses. Segundo ele, o Estádio de Basebol Mie Nishi é um dos melhores lugares para se praticar sumô no mundo. "Fora do Japão, aqui é o único lugar que têm uma arena exclusiva para prática de Sumô. Isso é de extrema importância para popularizar o esporte".

Beirando a terceira-Idade, Maria Aparecida Lima, 59 anos, leva o esporte como um hobby. Diarista, Atleta, técnica, dona de casa e vó, acredita que o esporte é uma terapia rejuvenescedora. A moradora de Goianases, zona leste, participou de um torneio internacional em Hong Kong e afirma ter realizado todos os sonhos dentro do esporte: " O sumô me deu oportunidades que eu não recebi em lugar nenhum. Sou muito grata ao esporte".

Texto: Willian Barbosa - wpsbarbosa@prefeitura.sp.gov.br

Foto: Francisco Pinheiro - fbpinheiro@prefeitura.sp.gov.br

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