“Meu pai ajuda muito, acabei acostumando com ele nos treinos, é normal”. É o que diz o pequeno jogador Pedro Lucas Almendra, filho de Fernando Almendra, auxiliar técnico da seleção do Butantã. Para Fernando, a cumplicidade ultrapassa as quatro linhas: “Como meu filho também joga, a gente acaba pegando amizade fora de campo. Sou do tipo paizão, meio moleque, aí acabo entrando na brincadeira.”

Para Carlos Violin, auxiliar técnico da equipe de Pirituba, reconhecer as diferenças é o grande trunfo: “Cada menino é de um jeito, por isso, sempre tento ajudar em tudo, não só no futebol.” Alef Silva, massagista do time de Guaianases completa: “O maior trabalho é passar o que é o esporte, respeito, educação. Passar as lições da vida, pra serem bons cidadãos, muito além dos jogos.” Ele, que tem apenas 21 anos, mostra que a educação através do esporte pode mudar vidas.
 

Do time de Sapopemba, os conhecimentos se completam. Paulo Silva, o “Paulão”, auxiliar técnico, está há 35 anos na área e tenta ajudar com sua bagagem: “Minha função é trazer experiência para os meninos, passar o que sei”. Ao seu lado está Gabriel Barros, de 19 anos. Para ele, a comissão atua em duas frentes: “Nossa missão é trazer a motivação pra dentro de campo, ajudar com a tática, posicionamento”. Além disso, ele destaca o entrosamento fora dos gramados: “Em alguns casos, somos a família deles. Muitos até tem mais respeito pela comissão que pelos próprios pais.”

Da seleção de Itaquera, o auxiliar técnico Caio Henrique Oliveira ainda lembra que, além de estar focado no jogo, é fundamental a destreza, tolerância e tranquilidade na função:
“Nossa missão é de dar assistência aos meninos nos momentos difíceis. Enquanto o técnico está nervoso, devemos mostrar um outro lado do jogo”.
 

 

 

 

Texto e Fotos: Stephanie Frasson – sbffranco@prefeitura.sp.gov.br

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