Boxe: Felipe Lopes é a promessa do Técnico Messias

Com o incentivo do pai, o atleta visa concretizar as palavras do professor

O selecionado para a série Pratas da Casa desta semana é o atleta do Boxe Felipe Lopes (17). Treinando há mais de um ano no Centro Olímpico, Felipe herdou o gosto pela modalidade do pai, que também foi aluno do técnico Messias do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa.

Desde pequeno, Felipe Lopes acompanhava o pai nas aulas de boxe que ele dava na academia. Apesar de achar o esporte interessante, o garoto nunca tinha pensado em se dedicar. Há quase dois anos, o atleta decidiu levar a sério e o pai logo indicou o Centro Olímpico. “Meu pai sempre me deixou a vontade, quando eu não queria acompanhar ele nas aulas ele respeitava e me deixava em casa, nunca tive nenhuma pressão. Mas quando o meu pai viu que eu queria realmente praticar, ele me indicou o Centro Olímpico”.

Depois de ingressar no Centro Olímpico, Felipe Lopes descobriu que realmente leva jeito para o esporte, disputando na categoria meio pesado, o atleta conquistou ouro invicto na Forja de Campeões, passou na seletiva para o Campeonato Brasileiro, mas não conseguiu os resultados esperados. “Fiquei bem nervoso porque foi uma experiência nova, lutei com atletas de todo o país. Lá foi diferente e perdi pro meu nervosismo”, relembra. “Eu fico bem feliz com este voto de confiança, é um incentivo e dá mais vontade de se esforçar e concretizar o que o meu Técnico diz”.

Apesar de toda a aprovação do pai de Felipe, a mãe não se sentia muito a vontade com a escolha do filho. “No começo a minha mãe não gostava, não assistia luta e só ficava sabendo dos resultados. Agora ela assiste aos vídeos das lutas, é um bom começo, mas não assiste as lutas ao vivo”. O pai, que sempre o acompanha em todas as competições também foi contaminado pelos bons resultados dos filhos, antes do filho entrar no Centro Olímpico, tinha pensado em parar de ensinar boxe. “Ele me disse que foi um incentivo também pra ele voltar a dar as aulas”, conta Felipe.

Felipe conta que a adrenalina do esporte o conquistou, mas muitas pessoas ainda acreditam que luta e briga são a mesma coisa. “Do lado de fora as pessoas ainda tem bastante preconceito, mas dentro não tem isso, os lutadores se respeitam, sabem que é apenas um esporte. Fazer esporte é o principal, as pessoas rotulam luta como briga. Mas é bem diferente, muitas pessoas com quem eu lutei acabaram virando amigos. É um esporte muito bom”.

Os treinos são puxados, cerca de duas horas de segunda a sábado, revezando entre condicionamento físico e técnica. A falta de tempo para os estudos quase fez com que Felipe parasse de lutar. E os amigos têm que entender que o boxe tem grande importância para Felipe. “É bem cansativo, mas eu penso que estou fazendo o que eu gosto. Estou cuidando da minha saúde. Acho que se eu não estivesse praticando boxe eu não teria a vida feliz que eu tenho hoje. Às vezes os meus amigos querem sair, mas não dá, a vida do atleta é diferente. Mas eles acabam entendendo”.

A estrutura do Centro Olímpico contribui para a animação do atleta, segundo Felipe, o que acaba incentivando a ida aos treinos. “Eu gosto do clima daqui, é tudo bem leve, bem calmo. Não me sinto pressionado, isso é muito bom e ajuda bastante”.

Texto:

Renata Simond – rsimond@prefeitura.sp.gov.br

Foto:
Vanessa Dini - vdini@prefeitura.sp.gov.br

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