Rebeca Alves: simpatia, perseverança e esporte

Jogadora de Polo Aquático descobriu no mundo esportivo sua grande motivação

Uma vida completamente modificada pelo esporte. Esse é um bom resumo para a história de Rebeca Alves, atleta do polo aquático. Oficialmente, nossa selecionada é ex-atleta do Complexo Esportivo Paulo Machado de Carvalho. Na prática, a simpática Rebeca é vista frequentemente no local.

“Venho no Pacaembu mais para ver as meninas, por saudade mesmo. Dia de sexta-feira eu treino aqui e no Clube Paineiras do Morumbi. Não por obrigação, mas sim por gostar do ambiente e das amizades. Acabo não resistindo a cair na água...”, relata a jogadora. Sua relação afetiva com o local é totalmente compreensível: tudo começou no Pacaembu, há dois anos e meio.

O excelente desempenho de Rebeca Alves, atualmente moradora de Perus, zona norte, chamou a atenção do Paulistano, clube pelo qual ela atuou durante um ano. No início desse ano, a atleta passou a treinar pelo CPM (Clube Paineiras do Morumbi), mas sem deixar de ir ao Pacaembu. O próximo objetivo da atleta? “Chegar a Seleção Brasileira. Treino muito forte para alcançar esse objetivo.”

A iniciação no esporte surgiu através de um convite do técnico Silas Fuser, que a chamou para conhecer o polo aquático no período de férias escolares. Até então, Rebeca treinava tênis há um ano, também no Complexo Esportivo. “Gostei do esporte porque gosto muito de me desafiar”, explica.

Os meses iniciais foram extremamente difíceis. O primeiro passo foi aprender a nadar, missão que durou aproximadamente quatro meses. Em seguida vieram as táticas e técnicas do esporte, que exigem muita coordenação motora. Motivada por esses desafios, a baiana, que é natural de Ilhéus, foi melhorando seu desempenho no esporte. Depois de sete meses, ela chamou a atenção do grupo da especialização. Com isso, Rebeca ganhava o direito de participar de campeonatos oficiais. Até o momento, ela já ganhou medalha de prata no Campeonato Estadual e bronze no Campeonato Brasileiro.

O mundo dos esportes mudou radicalmente a vida dessa atleta, que tem 18 anos. No início da adolescência, Rebeca repetiu a quinta série duas vezes em Coaraci (BA). “Eu não ligava muito para os estudos. Hoje em dia, penso em fazer faculdade de Educação Física, Nutrição esportiva, Psicologia esportiva, sempre com esporte envolvido”, afirma a jogadora, que viu seu desempenho escolar melhorar consideravelmente depois da prática esportiva regular. Além do polo aquático e do tênis, Rebeca lista como esportes favoritos o handebol, primeiro esporte praticado regularmente, o vôlei e a natação.

Como o polo aquático ainda não é muito conhecido pelos brasileiros, o jeito é explicar como a modalidade funciona. Certo, Rebeca? “Até hoje as pessoas me perguntam porque elas não conhecem muito o esporte, então querem saber como é. Geralmente falo ‘ah, é na água’, ‘é tipo handebol’. As pessoas veem vídeos, várias se interessam. Procuro passar isso para as pessoas. Alguns ficam assustados, pois acham o polo aquático muito violento, já que tem muito contato. Alguns falam: ‘ah, você é louca’, outros falam ‘ah, muito legal’, esse tipo de coisa. São bem diferentes as reações das pessoas.”

Rebeca deixa seu recado para os praticantes do polo aquático: “Sempre incentivei a treinar muito forte, a estar aqui todos os dias. O primeiro passo para esse esporte é esse, treinar muito forte. Isso ficou muito claro e o meu exemplo para elas é o entusiasmo, a raça, a vontade de lutar, ir atrás, adquirir mais conhecimento e treinar muito forte”, ressalta nossa prata da casa.

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Texto e foto:
Juliana Salles – jsalles@prefeitura.sp.gov.br


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