Incentivar a mobilidade ativa de maneira segura para a população, especialmente para crianças, é objetivo da Prefeitura de São Paulo. Para fortalecer essa diretriz, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e a São Paulo Urbanismo estão desenvolvendo projetos para os chamados Territórios Educadores. A iniciativa prevê uma série de intervenções para melhorar a experiência de caminhar de adultos e de crianças de 0 a 6 anos (primeira infância) no entorno de escolas ou Centros Educacionais Unificados (CEUs).

Implantar dez projetos de Territórios Educadores na cidade é a Meta 42 do Programa de Metas 2021-2024 do Município. Eles estarão localizados em distritos selecionados pela Prefeitura após a avaliação de uma série de indicadores, como trajetos de pessoas nas vias, número de crianças de 0 a 6 anos, acidentes de trânsito e acesso a serviços públicos, especialmente educacionais. São eles:

• Território Educador Cidade Tiradentes (distrito de Cidade Tiradentes)
• Território Educador Brasilândia (distrito de Brasilândia)
• Território Educador Iguatemi (distrito de Iguatemi)
• Território Educador Capão Redondo (distrito de Capão Redondo)
• Território Educador Jardim Ângela (distrito de Jardim Ângela)
• Território Educador Grajaú (distrito de Grajaú)
• Território Educador São Rafael (distrito de São Rafael)
• Território Educador Pedreira (distrito de Pedreira)
• Território Educador Itaim Paulista (distrito de Itaim Paulista)
• Território Educador Lajeado (distrito de Lajeado)

Os Territórios Educadores Cidade Tiradentes e Brasilândia apresentam projetos em estágio mais avançado de desenvolvimento. A expectativa é que os projetos executivos e materiais licitatórios para ambas as localidades sejam entregues até o final deste ano.

 

Projeto do Território Educador Cidade Tiradentes

 

 

Territórios Educadores

Os Territórios Educadores têm como ponto de partida das melhorias previstas um Centro de Educação Unificado (CEU) ou um conjunto de escolas.

Seus projetos são desenvolvidos e orientados por três pilares: segurança viária/caminhabilidade, estações educadoras e trilhas educadoras. O objetivo é qualificar o entorno de equipamentos públicos e educacionais, promover a segurança viária nas rotas percorridas a pé, incentivar a micromobilidade e promover o uso e a apropriação de espaços públicos. Resumindo, a iniciativa busca oferecer uma melhor experiência no trajeto entre casa e escola para o público da primeira infância, contribuindo para o seu desenvolvimento cognitivo e motor.

A iniciativa prevê diversas intervenções para qualificar a caminhabilidade de um território. Para o público infantil, é prevista a criação de travessias lúdicas e seguras no trajeto entre a casa e a escola, com pintura de calçadas e muros, nova sinalização de trânsito e a implantação de mobiliários urbanos.

Seu objetivo também é transformar a experiências de pais, cuidadores, crianças de outras faixas etárias, adolescentes e de toda a comunidade que vive e circula pelo local. Para isso, é proposta uma série de ações para a requalificação de espaços públicos, como reforma de calçadas, melhoria da iluminação pública, plantio de árvores e obras de microdrenagem.

 

 

Dados

Juntos, os dez distritos a receberem projetos de Territórios Educadores possuem uma população estimada em 2,2 milhões de pessoas, o que representa quase 20% da população total do município, segundo o Censo do IBGE de 2010. Com relação à primeira infância, o Censo Escolar de 2021 do INEP mostra que existem mais de 171 mil crianças matriculadas em creches ou pré-escolas nessas localidades.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) analisa o desenvolvimento humano e as condições de vida na cidade. De acordo com ele, 7 dos 10 distritos a serem atendidos com projetos dos Territórios Educadores são abrangidos por subprefeituras que apresentam baixo desempenho no ranking municipal do indicador.

 

 

Projeto Piloto

A primeira experiência de Território Educador ocorreu em novembro de 2018, com um projeto piloto no distrito de Campo Limpo, zona sul da cidade. Foram feitas intervenções nos muros e nas calçadas, por meio de pinturas lúdicas e figurativas, visando à interação do público da primeira infância e seus cuidadores. O objetivo foi qualificar os trajetos mais realizados entre os equipamentos de ensino e as casas dos alunos.

 

 

Urbanismo Social

Estruturar quatro projetos de urbanismo social junto a organizações da sociedade civil é outra iniciativa que integra a Meta 42 do Programa de Metas do Município.

O Urbanismo Social é uma estratégia de intervenção urbana e política pública que tem como principal diretriz o desenvolvimento local de regiões de alta vulnerabilidade social a partir do direcionamento de políticas intersetoriais de gestão participativa e compartilhada construídas pelo poder público em parceria com entidades da sociedade civil e a população. Os projetos de intervenção são únicos, elaborados para atender as necessidades particulares diagnosticadas em cada território.

Foram escolhidos para serem beneficiados pelo programa os projetos pilotos Jardim Lapenna (distrito de São Miguel), Pinheirinho D’Água (distrito de Jaraguá), Parque Novo Mundo (distrito de Vila Maria) e Jardim Pantanal (distrito Jardim Helena).