Prefeitura recebe sugestões de crianças para Território Educador na Brasilândia

Público infantil participou de oficina lúdica e opinou sobre requalificação de praças e calçadas da região

A Prefeitura de São Paulo, em parceria com o coletivo CoCriança, apresentou na quinta-feira (25) o projeto de Território Educador para crianças da Brasilândia, na zona norte de São Paulo. O evento fez parte da programação da Semana Municipal do Brincar 2023.

A iniciativa, que tem como foco a Primeira Infância, pretende requalificar três praças localizadas em áreas próximas de unidades educacionais com o intuito de promover experiências recreativas para as crianças no percurso até as escolas. Por isso, o encontro da “criançada” foi em uma das praças que será contemplada pelo projeto.

No primeiro momento, os pequenos participaram de uma atividade lúdica por meio de uma roda de conversa com pais e responsáveis. Em seguida, todas as crianças puderam opinar sobre o projeto de reforma dos espaços. Já, no terceiro e último momento, as crianças participaram de um processo de votação e escolheram o nome da praça, que será chamada de "Pracinha Colorida".

“A gente não pode fazer projetos sem envolver quem vai usar, então é muito importante garantir espaços para as crianças na cidade a partir do ponto de vista delas”, comenta Camila Sawaia, co-fundadora do Coletivo CoCriança.


Plano de Meta

A finalidade da Prefeitura de São Paulo é implantar dez projetos de Territórios Educadores a partir da Meta 42 do Programa de Metas 2021-2024.

Os projetos de Territórios Educadores têm o objetivo de promover a segurança viária nas rotas percorridas a pé por crianças na primeira infância (entre zero e seis anos de idade) e, ao mesmo tempo, contribuir para desenvolvimento cognitivo e motor desse público. Cada projeto de intervenção está sendo feito sob medida para cada território. Trata-se de uma ampla ação compartilhada entre diversas pastas municipais e comunidade.

“Os dez locais prioritários apresentam uma grande concentração de crianças em situação de vulnerabilidade. A ideia é criar territórios, onde cada criança possa se sentir acolhida e abraçada com trilhas e estações para incentivar o desenvolvimento delas junto aos espaços públicos”, explica a urbanista da SMUL, Natalie Lagnado.

Contratada pela SMUL, a São Paulo Urbanismo é a empresa responsável pelo desenvolvimento do Projeto Territórios Educadores na Brasilândia.

“Estamos propondo o trajeto entre uma escola e outra por meio de trilhas que serão basicamente amarelinhas pintadas no chão em diferentes formatos. Além disso, cada praça terá uma cor para as crianças identificarem melhor a estação que elas desejarem frequentar”, pontua a arquiteta e urbanista da SP Urbanismo, Jade Kiste.