Centro de Acolhida (CA) – Olarias recebe Universidade Paulista para Ação Social com os acolhidos

Alunos do curso de farmácia realizaram atendimento básico: mediram a pressão e a glicemia e fizeram testes de HIV

Um homem vestindo um jaleco branco fala com os atendidos, sentados em várias cadeiras, prestando atenção nas explicações.

Texto: Sabrina Ribeiro
Imagens: Sabrina Ribeiro e Giulia Rodrigues

Iniciando o mês de dezembro, o Centro de Acolhida (CA) – Olarias, na região central de São Paulo, realizou ação social em parceria com a Universidade Paulista (UNIP), na última sexta-feira (1). Alunos do curso de farmácia garantiram atendimento básico de saúde e orientaram os acolhidos sobre os exames médicos periódicos e de rotina.

O CA Olarias acolhe cerca de 400 homens em situação de vulnerabilidade social.

Eles fizeram testes do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e mediram a pressão e a glicemia. As pessoas com diabetes também receberam orientações. Durante as consultas, os atendidos puderam tirar dúvidas e receberam folhetos informativos sobre precauções com a saúde no dia a dia.

Anderson Ângelo, de 45 anos, está acolhido há cerca de três meses. Para ele, ações de cuidados com a saúde são essenciais, principalmente quando isso acaba se perdendo no caminho para se reconquistar a autonomia. “Ocasiões como essa ajudam muito. Há pouco tempo comecei a me cuidar. Estou fazendo exames e fui encaminhado para uma cirurgia, que é muito importante para mim”, conta.

Uma profissional de enfermagem mede a pressão de um idoso. Ela veste um jaleco branco, e o acolhido usa uma blusa social amarela.

Além de inserir os alunos nos campos sociais de suas áreas, a iniciativa objetiva levá-los a locais onde são acolhidas pessoas em situação de vulnerabilidade.

De acordo com Alexandre Bechara, 36, farmacêutico e coordenador do curso de Farmácia da Universidade Paulista (UNIP), é importante a relação entre os serviços sociais e os profissionais que podem proporcionar atendimento aos grupos mais vulneráveis. “Não só as portas das universidades estão abertas para atender sem nenhum custo. Buscamos ir até lugares cujo público-alvo é de interesse para os serviços. Lidamos com pessoas que têm pouco acesso à saúde. Então buscamos fazer essa ponte para que eles possam ser inseridos”.

A gerente do Centro de Acolhida (CA) – Olarias, Juliane Morgan, 43, pondera sobre o dever da equipe de garantir orientação aos acolhidos. "Essa é uma oportunidade que reforça os cuidados com a saúde. Somos um centro de acolhida para homens e boa parte é de idosos. Isso requer mais da nossa atenção. Também ressaltamos que eles precisam se cuidar especialmente para reconquistarem a autonomia”, conclui.

 

 

A Rede Socioassistencial

Os Centros de Acolhida (CA) ofertam acolhimento provisório para pessoas adultas, em situação de rua, a partir dos 18 anos, respeitando suas condições sociais e diferenças de origem.

Tem o objetivo acolher a pessoa em situação de rua, oferecendo proteção integral, escuta e condições para o fortalecimento de sua autonomia, contribuindo para o seu protagonismo e possível superação da situação atual.

Atualmente, a rede socioassistencial conta com 69 Centros de Acolhida distribuídos pela cidade, disponibilizando o total de 10.287 vagas.