Atendidos do CCInter ‘Clube da Turma’ celebram o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+

Iniciativa busca debater a importância da data e auxilia os atendidos no processo de descoberta

Texto: Sabrina Ribeiro
Fotos: Acervo

No dia 28 de junho, o Centro de Convivência Intergeracional (CCInter) ‘Clube da Turma’, localizado na região do M’Boi Mirim, zona sul de São Paulo, realizou atividades e apresentações em celebração à data do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+.

O serviço fez ações como dinâmicas, contação de histórias e danças urbanas a fim de promover a diversidade, inclusão, o ensinamento sobre a comunidade e sua importância, abordando sobre a LGBTFobia, machismo, sexismo, racismo e demais preconceitos sociais. A ideia surgiu através de rodas de conversa, em que foram levantados os questionamentos sobre a cultura da comunidade.

Todos os meses, o CCInter ‘Clube da Turma’ realiza planejamentos semestrais, abordando temáticas para conversas, orientações, atividades e dinâmicas que possam alcançar todos os atendidos, visando o entendimento, a participação e o fortalecimento de vínculos afetivos. Desta forma, o serviço cria, principalmente, um espaço saudável e acolhedor.

A contação de histórias teve como tema o filme ‘Encanto’, que contribuiu para falar sobre as diversidades das culturas de uma forma mais lúdica. De acordo com Fernanda Aparecida Rodrigues da Silva, 38, contadora de histórias do serviço, a intenção é ajudar crianças e adolescentes no processo de se expressar. "Mesmo tratando de assuntos sobre sentimentos, emoções e a forma de falar com o outro, é preciso que seja algo mais lúdico, para que eles possam ter essa compreensão", explica.

As crianças e adolescentes das equipes de futsal do CCInter também realizaram uma dinâmica na quadra, registrada em vídeo. Elas explicaram o significado das letras da sigla LGBTQIAPN+ e reforçaram o posicionamento sobre a data, com o grito "o futsal dribla o preconceito".

Para encerrar, a apresentação de dança urbana abordou sobre a luta pela igualdade de direitos, usando a dança, canto e poesia como forma de expressão. Para Leonardo Emiliano da Silva, 33, técnico especializado em dança, a apresentação abriu os olhos do público para a importância de abraçar a causa e mudar seu campo de visão. "Chegamos a ouvir da mãe de uma atendida que irá repensar suas atitudes e entender melhor sua filha, já que ela está namorando outra menina da turma de esportes", conta.

Segundo Cristiane Chagas da Cruz, 50, gerente do CCInter, a atitude, quando feita em conjunto, auxilia a compreensão da comunidade no combate ao preconceito. "Seja por meio da conscientização das pessoas contra a bifobia, homofobia, lesbofobia, transfobia, ou pelo aumento da representatividade das pessoas LGBTQIAPN+ nos mais diversos setores, juntos, tentamos entender melhor os desafios que enfrentam na sociedade".