Atendidos do CRECI se educam sobre violência contra o idoso

Para o dia internacional da conscientização da violência contra o idoso, o serviço conversou com os atendidos sobre violações dos direitos, formas de denunciá-las e combatê-las

Texto e Fotos: Ana Luiza Martins

19 pessoas se sentam em cadeiras pretas, viaradas para frente. Uma mulher branca de cabelos cacheados, vestindo blusa branca e calça preta, está na frente de todos falando. Ao lado dela, sob um palco cinza, há uma mesa coberta por toalha roxa com uma jarra de água em cima e outra mesa ao lado, também coberta com toalha roxa. Em cima da mesa, há um projetor preto que projeta uma apresentação de PowerPoint na parede branca. Em volta da apresentação há uma cortina laranja. Dos dois lados do palco há ventiladores pretos e uma cortina azul.


Zuleica Carvalho frequenta o Centro de Referência e Convivência do Idoso (CRECI) há mais de 5 anos, tem 79 anos e muita garra para lutar contra o etarismo e qualquer violência contra a população idosa. “Eu reajo mesmo, se precisar brigar eu brigo”, disse ela sem medo. Hoje é ‘Dia Internacional de Conscientização da Violência contra idosos’.

Estamos no “Junho Violeta”, data instituída em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de chamar atenção para as violações dos direitos dos idosos e divulgar formas de denunciá-las e combatê-las. A gerontóloga Ligiane Gomes de Freitas esteve na quarta-feira (14) no CRECI para falar com os atendidos sobre violência.

“A violência contra idoso afeta a sociedade como um todo, porque todos nós vamos ser idosos em algum momento”, afirmou Ligiane. Ela compartilhou com os atendidos o que é a violência e sua origem, dados sobre o assunto, a importância da denúncia e como fazê-la, bem como sobre os direitos do idoso.

Para finalizar, ela abordou o etarismo e como ele é presente na sociedade. Segundo a gerontóloga, o etarismo banaliza preconceitos e tabus contra as pessoas idosas. “A gente precisa da divulgação disso, para que a sociedade veja que estamos aqui e levaremos isso a diante”, disse a profissional.

Zuleica afirmou que essas atividades são indispensáveis para acabar com o preconceito e com a discriminação. Ela ainda completou, dizendo que vivencia esse preconceito constantemente.

“Na internet mesmo, tem discriminação. Se eu dou a minha opinião, tendo a minha foto de perfil, o outro já fala 'velha'. Eu não penso por acaso? Eu não posso ter opinião?”, revelou.

10 pessoas se sentam em cadeiras pretas, viaradas para frente. Uma mulher branca de cabelos cacheados, vestindo blusa branca e calça preta, está na frente de todos falando. Ao lado dela, sob um palco cinza, há uma mesa coberta por toalha roxa com uma jarra de água em cima e outra mesa ao lado, também coberta com toalha roxa. Em cima da mesa, há um projetor preto que projeta uma apresentação de PowerPoint na parede branca. Em volta da apresentação há uma cortina laranja. Dos dois lados do palco há ventiladores pretos e uma cortina azul.

Rede Socioassistencial

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMADS) entende a importância deste tema e procura prover ambientes seguros e saudáveis para idosos, procurando prevenir a convivência com violência ou retirá-los de espaços violentos.

A Rede Socioassistencial, atualmente, dispõe de 30 serviços de acolhimento para idosos com 2.398 vagas, além de 114 equipamentos de convivência com 13.760 vagas.

As formas de acesso para estes serviços são através dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS),?Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS)?e?Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP).