CCA ‘Boa Sorte’, em M’Boi Mirim, inaugura teatro

Iniciativa teve a movimentação de todos os profissionais e atendidos do serviço

Várias crianças estão em cima de um palco de teatro preto de dois degraus. Eles estão embaixo de uma luz amarela.

Texto: Sabrina Ribeiro
Fotos: Acervo

Na quinta-feira (25), o teatro ‘Frida Kahlo’ foi reinaugurado no Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) ‘Boa Sorte’, localizado em M’Boi Mirim, zona sul de São Paulo. O trabalho durou cerca de duas semanas com processos criativos e pedagógicos e será o novo local de apresentações dos atendidos do serviço.

Antes da reinauguração oficial, o CCA realizou o projeto ‘Pulsa-Ação’ que teve como objetivo priorizar a atenção e cuidado das crianças e adolescentes para com o espaço e sua importância. Profissionais, junto aos atendidos, encontraram detalhes que poderiam ser reformados e preservados com um trabalho coletivo, como o ambiente das salas, livros e mesas.

Sete crianças estão em cima do palco, sentadas em cadeiras brancas com outras cadeiras na frente, viradas para elas. Elas são iluminadas por luzes amarelas de holofotes. Outras crianças assistem a apresentação teatral.

De acordo com Mario Melendez, gerente do CCA ‘Boa Sorte’, a iniciativa visa trazer pertencimento para que as crianças explorem sua criatividade, a arte do fazer e levem isso para fora do CCA. “A ação começa dentro com o objetivo de reinaugurar um espaço que tanto queríamos e revivê-lo, vê-lo renascer. E que, a partir desta ideia, eles possam multiplicar isso para fora do CCA”.

Graças ao trabalho em grupo, o Teatro ‘Frida Kahlo’ está de portas abertas para receber novas apresentações do CCA, incluindo a volta do Sarau ‘Boa Sorte’, onde as crianças realizam apresentações artísticas e culturais com suas famílias. O dia da inauguração também contou com apresentações, como: música, teatro, circo e contação de histórias.

Mario explica que a ideia de reunir as crianças e adolescentes para trazer de volta o espaço surgiu a partir dos trágicos acontecimentos nas escolas que deixaram elas com medo e visivelmente amedrontadas. “Eu cheguei para o corpo pedagógico e lancei a ideia como uma forma de fazer essa pulsação virar carinho, cuidado e coração. Para que esse movimento nos colocasse em maior conexão, proximidade e harmonia” explicou.