Ampara SP realiza 355 acolhimentos de pessoas em situação de rua em São Paulo na primeira semana de atuação na região central da cidade

Programa, lançado no dia 10 de abril, continua nas ruas como uma ação complementar ao Serviço Especializado de Abordagem Social, com o foco na acolhida, ajudou a reduzir em 55% a presença de barracas nos endereços percorridos

Três pessoas, sendo profissionais do Ampara SP e uma pessoa em situação de rua durante atendimento social.

 

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), realizou 355 acolhimentos de pessoas em situação de rua, por meio das equipes do Ampara SP, projeto lançado no dia 10 de abril. Na primeira semana de atuação das novas equipes, foram realizados 917 atendimentos à população em situação de rua. É um trabalho minucioso, em que as equipes que estão na rua buscam a criação de vínculo, pois nem todas as ações resultarão em aceitação imediata para o acolhimento. Por esta razão, os atendimentos sociais são permanentes.

Do total de barracas existentes nos 15 pontos mapeados previamente pelo Ampara SP, houve redução de 55% dessas instalações, depois da oferta de acolhimento em vagas fixas da rede socioassistencial, sendo em Centros de Acolhida ou hotéis sociais.

Nesses pontos, foram identificadas 440 barracas. Após a ação do Ampara SP, realizada entre os dias 10 de abril e manhã do dia 17, havia 198 barracas, portanto 242 a menos.

Os agentes do Ampara SP vêm atuando 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive sábados e domingos, nesses pontos estratégicos que abrangem o Centro e Centro expandido da capital. As equipes, formadas por profissionais interdisciplinares, tais como pedagogos, sociólogos, terapeutas ocupacionais e arte-educadores, prestam atendimento acolhedor, humanizado e assertivo ao público em vulnerabilidade social.

Os pontos atendidos pelos profissionais nesta primeira fase foram: Armênia, Cruzeiro do Sul, Marechal Deodoro, Pateo do Colégio, Minhocão, Praça do Patriarca, Jabaquara, Paraíso, Ana Rosa, Praça da Sé, Parque Dom Pedro e Centro Histórico.

“É importante ressaltar que o trabalho é incessante. Sabemos que nos mesmos pontos percorridos, podem surgir outras pessoas em situação de rua, e devemos trabalhar diuturnamente a fim de prestar atendimento a todas elas”, afirma o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra Jr.

Nesta primeira etapa, outros seis pontos que compreendem o Parque Trianon, a região do Paraíso, a Praça Doutor Afrodísio Vidigal, as proximidades da Estação Ana Rosa do Metrô, a Rua Vergueiro e a Avenida Presidente Wilson receberam atendimento para levantamento de perfil. O próximo passo será a oferta de acolhimento nestes pontos, o que possibilitará a diminuição de pessoas em situação de rua, bem como de barracas instaladas nessas regiões.

Mãos dadas entre a pessoa em situação de rua e o profissional do Ampara SP no atendimento social.

Ampara SP

Lançado no dia 10 de abril, o projeto Ampara SP, vinculado à SMADS, implementa uma diversidade de metodologias e ações de especialistas empenhados em sensibilizar as pessoas sobre as questões acerca da situação de rua, da oferta de atendimento na rede socioassistencial, bem como do acolhimento e qualificação profissional. O diálogo estabelecido neste projeto está fundamentado em práticas recreativas, artísticas, culturais, além de intensivos diálogos para a consolidação de uma comunicação acolhedora, humanizada e assertiva.

O Ampara SP dispõe de uma equipe de profissionais capazes de proporcionar atendimentos interdisciplinares voltados ao desenvolvimento integral e conta com agentes sociais, arte-educadores, terapeutas ocupacionais, educadores físicos e sociólogos. Esta abordagem holística interdisciplinar tem como objetivo promover o resgate do pertencimento por meio do processo de fortalecimento do vínculo socioafetivo e da confiança.

Quando desejam, os abordados são encaminhados para vagas contratadas pela Prefeitura em hotéis ou Centros de Acolhida preparados para receber, em equipamentos separados, pessoas sozinhas, com deficiência, famílias, idosos e população LGBTQIA+. Nestes serviços, as pessoas recebem, além da hospedagem, café da manhã, almoço, lanche e jantar. As vagas são fixas e não apenas para pernoite.

Atendimento social na Praça da Armênia. Duas pessoas sentadas na terra, sendo a profissional do Ampara SP e a pessoa em situação de rua.