Texto: Natalia Nora Marques
Foto: Acervo

No último domingo (20), aconteceu uma ação de distribuição de máscaras, por parte das acolhidas pela Casa Florescer, para a população que estava na Avenida Paulista. A ação ocorreu no período da manhã na ciclovia do local e se deu a partir de uma parceria entre a ONG responsável pela organização da Parada LGBT+ de São Paulo, a Uber e a Casa Florescer.

Ao todo, quinze mulheres transexuais e travestis participaram da distribuição das máscaras e da sensibilização em torno da necessidade de corpos trans ocuparem espaços de visibilidade. O gerente da Casa Florescer, Alberto Silva, ressaltou a importância de “mostrar para a sociedade que o lugar de mulheres transexuais e travestis não é na prostituição”, contribuindo para a quebra desse estigma.

Durante o Mês do Orgulho LGBTQIA+, diversas ações têm sido realizadas pelo equipamento em prol da valorização e visibilidade das acolhidas, mas a ação se destaca pelo apoio de uma grande empresa e pela pareceria com a ONG, o que eleva o alcance da mobilização. Além de ter acontecido em um espaço público e bastante frequentado.

Uma das participantes da ação, Rihanna Borges, relata que “foi a realização de um sonho, pois nunca havia participado de uma atividade tão bem recebida”. A interação com os pedestres e ciclistas foi muito positiva, com elogios e incentivos, o que “foi muito honroso” segundo ela.

De acordo com Silva, a importância de atos como esse se dá pela normalização e ocupação dos espaços por pessoas trans, o que é essencial para o combate à LGBTfobia. A mobilização “foi também um meio de sensibilizar o público e outras empresas que podem abrir portas para essa população”.