Mais um hotel no centro da cidade passa a ser unidade de acolhimento para famílias em situação de rua

Assistência social cria mais 260 vagas para famílias vulneráveis na capital

 

A Secretária Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Berenice Giannella e o Presidente da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo, Luigi Lazzueri Neto posam para foto em frente a placa de inauguração de Centro de Acolhida Especial para Famílias.

Texto: Assessoria de Comunicação SMADS
Fotos: Wagner Origenes

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), inaugurou hoje (11) mais um Centro de Acolhida Especial (CAE) para Famílias em situação de rua, localizado na região central da cidade.

O imóvel tem 70 quartos com capacidade para atender 260 pessoas e foi adaptado para receber as famílias. O local dispõe de suítes quádruplas, triplas ou duplas e os conviventes recebem quatro refeições diárias, serviços de higiene e manutenção do dormitório. Os núcleos familiares são compostos por mulheres e homens trans, mães solo, famílias que antes estavam acolhidas em serviços diferentes, entre outras situações.

O atendimento social é realizado pela equipe técnica da parceria entre a SMADS e a Organização da Sociedade Civil (OSC) Centro de Referência e Desenvolvimento Comunitário Correia (CRDC). O serviço já recebeu 12 famílias no novo centro de acolhimento.

A secretária de SMADS, Berenice Giannella, reforçou a importância de mais um serviço de acolhimento no município de São Paulo, e relatou que a assistência social está estudando maneiras de estimular a independência dessas famílias.
“Precisamos resgatar a confiança e a autonomia dos conviventes, para que eles possam se organizar e reencontrar a família”, conclui a secretária.

No primeiro andar do serviço, a família do carroceiro Ricardo Roberto (32) e de Mônica da Conceição Rocha (27) relatam como a vida mudou com a inauguração do equipamento: “estávamos na rua e o Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) ao realizar o atendimento, nos deram a notícia de um novo serviço em que podíamos ser acolhidos todos juntos: eu, a minha esposa e as minhas três filhas. Aceitamos na hora”, conta o convivente.

No segundo andar do edifício, um núcleo familiar constituído por seis pessoas conseguirá retornar hoje para a cidade natal, Feira de Santana, na Bahia, depois de três anos em São Paulo.

O motofretista Ricardo Caldas Barbosa (35) e a esposa Gleice Souza do Carmo (34) vieram com os quatro filhos para a maior cidade do país para tentar um novo emprego e uma nova vida.

Com a situação de emergência decretada devido ao novo coronavírus, a família perdeu a renda e não conseguiu arcar com as despesas do aluguel e alimentação e buscaram orientações no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Parelheiros. Logo foram encaminhados para um dos quartos do novo CAE. “Em São Paulo, por mais que tenha muitas oportunidades, com a pandemia, optamos por voltar para casa. Mas a acolhida e o cuidado que recebemos aqui jamais vamos esquecer”, relatou Barbosa.

Sobre o imóvel

A desapropriação do terreno do antigo Hotel Plaza, também chamado de Art-Palácio, aconteceu com fundos da Secretaria Municipal de Cultura, que era responsável por 61% da área, referente à parte do cinema. O restante – 38% do edifício – foi desapropriado pela Cohab-SP, área em que serão adaptadas as moradias. Em outubro de 2020, a justiça concedeu o auto de imissão na posse do terreno para a Cohab. Após tratativas entre as três Secretarias, a cessão da área para a SMADS foi acordada.

Atuação de SMADS na pandemia

Desde a situação de emergência decretada no município em decorrência da pandemia causada pelo coronavírus, foram criadas 1.709 novas vagas para pessoas em situação de rua, sendo 672 em oito equipamentos emergenciais em centros esportivos, 400 em Centros Educacionais Unificados (CEU), 207 em um Centro de Acolhida Especial para Idosos e 430 vagas para hospedagem de idosos em situação de rua já acolhidos na rede socioassistencial, em oito hotéis (sete na região central e um na região norte).

Das vagas criadas durante a pandemia, 1.023 estão em funcionamento. Os equipamentos funcionam 24 horas e são voltados a diversos perfis.

 

Dez pessoas posam para foto, entre elas a Secretária Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Berenice Giannella, Chefe de Gabinete da Assistência Social, Jadir Pires, autoridades da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo e um núcleo familiar.

 

A Secretária Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Berenice Giannella e o Presidente da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo, Luigi Lazzueri Neto conversam com uma convivente e os filhos em um quarto com paredes claras.