Casa Florescer promove atividades para auxiliar mulheres a ingressarem no mercado de trabalho

Ao longo de ano de 2019, diversas iniciativas foram desenvolvidas para mulheres trans e travestis

25 pessoas sentadas em sofás sorrindo para a foto.

Texto: Helena Lima
Fotos: Acervo


No mês de dezembro, o Centro de Acolhida Especial (CAE) Florescer, localizado Bom Retiro, realizou uma série de rodas de conversa em parceria com empresas privadas para auxiliar as mulheres transexuais e travestis atendidas na busca por uma recolocação profissional. O objetivo era estabelecer um diálogo entre esses dois grupos e esclarecer algumas dúvidas das mulheres que envolviam principalmente questões relacionadas a entrevistas de emprego.

O gestor da Casa Florescer, Alberto Silva, conta que muitas empresas procuram fazer ações solidárias no mês de dezembro, o que acaba abrindo espaço para que mais pessoas conheçam os projetos desenvolvidos dentro do CAE. Somente neste ano de 2019, mais de 25 empresas firmaram parcerias.

Apesar do debate a respeito do mercado de trabalho se intensificar no final de ano, a instituição busca oferecer mensalmente algum tipo de iniciativa envolvendo o assunto. “Sempre promovemos alguma sensibilização envolvendo o tema, já foram realizadas dinâmicas de grupo simulando processos seletivos, jogos cooperativos, oficinas de elaboração de currículo e vivências com softwares utilizados em empresas”, conta Silva.

Todos esses projetos buscam oferecer para as conviventes ferramentas para que elas possam se capacitar e assim garantir um bom emprego. Em paralelo a isso, a instituição também busca divulgar cursos de qualificação profissional oferecidos por outros serviços do território, para que a população possa conhecê-los.

Aime Tego, de 44 anos, frequenta a Casa Florescer há seis meses e acredita que as capacitações e cursos ministrados no serviço foram muito importantes para auxiliar em todo o processo da busca por um emprego. “Eles nos fazem repensar a respeito de como nós devemos nos apresentar nas entrevistas e refletir como é a imagem da mulher trans dentro do mercado de trabalho”, conta.

Cerca de 30 conviventes e voluntários posam para foto. Os voluntários vestem uma camiseta onde está escrito “outstand” em letras coloridas.