Capital registra mais de 470 mil acolhimentos durante a Operação Baixas Temperaturas

Pessoas em situação de rua podem procurar os serviços espontaneamente; população também pode ajudar acionando a Central 156

Close no rosto de homem em situação de rua com barba grisalha e pele negra. No canto superior direito, lê-se Antônio Ribeiro, cinquenta e um anos. No canto inferior esquerdo, lê-se não seja frio neste inverno, ligue um, cinco, meia, se encontrar alguém dormindo na rua. No canto inferior direito, brasão da Prefeitura de São Paulo e os dizeres Cidade de São Paulo.

Texto e imagem: Secretaria Especial de Comunicação (SECOM)

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) já registrou mais de 470 mil acolhimentos (uma mesma pessoa pode ser atendida em todos os dias de operação e entrar várias vezes na soma) nos Centros de Acolhida desde o último dia 22 de maio, quando a pasta deflagrou o Plano de Contingência para Situação de Baixas Temperaturas. Desse total, 6.700 acolhimentos foram realizados no período de plantão (noite e madrugada) da Coordenação de Pronto Atendimento Social (CPAS), que pode ser acionada via Central 156.

A operação segue até 20 de setembro e consiste no reforço da oferta ao acolhimento na rede socioassistencial pela equipe de orientadores socioeducativos para a população mais vulnerável, sempre que a temperatura atingir um patamar igual ou inferior a 13°C ou sensação térmica equivalente.

Das 8h às 22h, os orientadores socioeducativos que atuam nos Serviços Especializados de Abordagem Social (SEAS) fazem as abordagens em pontos estratégicos da cidade, ofertando encaminhamentos (para as pessoas em situação de rua que aceitam) a rede de acolhimento e outros serviços da rede pública.

Desde o início da Operação, as equipes do SEAS já realizaram 53.844 abordagens (uma mesma pessoa pode ser abordada várias vezes), que resultaram em 23.267 encaminhamentos para serviços de acolhimento.

No período das 22h às 8h, a abordagem é realizada pela Coordenadoria de Pronto Atendimento Social (CPAS), que deve ser acionada via Central 156, mas as pessoas em situação de rua também podem procurar os serviços espontaneamente. Caso o local procurado já tenha a sua ocupação total preenchida, os profissionais que atuam nos serviços deverão prestar o primeiro atendimento, protegendo-os do frio enquanto articulam uma vaga na rede de acolhimento do município.

Nos serviços de acolhimento os conviventes podem lavar suas roupas, tomar banho (recebem um kit de higiene), guardar seus pertences no bagageiro, ter acesso a refeições (café da manhã, almoço e jantar), pernoite (com camas, travesseiro e cobertor), além de receber o atendimento social e ser encaminhado para outras políticas públicas de acordo com a sua demanda.

Atualmente, a cidade tem 148 serviços para pessoas em situação de rua com aproximadamente 22 mil vagas, sendo 18.411 de acolhimento. A rede também conta com 128 Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICAs), que juntos disponibilizam 2.335 vagas. Para a operação foram aditadas vagas emergenciais, sendo 20 para SAICAs e 260 para a população de rua.

As ações buscam o acolhimento do maior número de pessoas possível nos meses mais frios do ano, mas a aceitação é facultativa.

A população também pode ajudar

A população também pode ajudar as pessoas em situação de rua solicitando uma abordagem social por meio da CPAS, que funciona 24 horas por dia e pode ser acionada pela Central 156.

A solicitação pode ser anônima, mas é importante ter as seguintes informações para facilitar a identificação:

- O endereço da via em que a pessoa em situação de rua está (o número pode ser aproximado);

- Citar pontos de referência;

- Características físicas e detalhes de como a pessoa a ser abordada está vestida.