Circo Escola Butantã celebra Dia do Circo com programação especial

O evento reuniu mais de 300 pessoas e contou com um espetáculo de apresentações circenses dos alunos e artistas profissionais, como palhaço e mágico

 

Dentro de uma lona de circo nas cores branca, vermelha e azul, cinco crianças se apresentaram com movimentos circenses enrolados em um tecido pendurado no teto.

Textos e fotos: Juliana Liba

 

Para além de proporcionar um dia fora da rotina, o Circo Escola Butantã realizou um evento, no dia 27/03, alusivo ao Dia do Circo, com o intuito de integrar os conviventes e valorizar os trabalhos executados. A celebração contou com uma programação diversificada, repleta de apresentações, brincadeiras e alimentação. Dividida entre o período da manhã e da tarde, a atividade reuniu mais de 300 pessoas, entre crianças, adolescentes, funcionários, artistas e convidados.

O Dia do Circo é comemorado anualmente pelo serviço desde que foi firmada a parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) em 2015, por meio da instituição Social Bom Jesus. Neste ano, o espetáculo recebeu apresentações dos alunos de Percussão, Lira, Tecido, Trampolim, Cama Elástica e outros, além da presença de artistas circenses autônomos, como o Palhaço Cebolinha e Jef, O Mágico.

Sentados nas arquibancadas da lona saboreando pipoca, as crianças sentiram a magia do circo. Estar próxima dessa vivência foi o que superou as expectativas da supervisora de Assistência Social do Butantã, Rosana Norma Aparício, que pela primeira vez assistiu as atrações. “Muito bom ver o envolvimento de todos, a vibração e a disciplina. Isso é algo que enriquece”, comenta.

O Circo Escola atua com atividades específicas voltadas para o universo circense, como dança, esporte, além de atividades socioeducativas, por meio de vídeos, textos, debates, construção de murais, cartazes e afins. A assistente técnica do equipamento, Juliana Mariano, é de família tradicional circense e procura ensinar todos os dias um pouco do que conhece. Antes de qualquer uso de equipamentos, Juliana visa a disciplina, concentração, coordenação motora, flexibilidade e alongamento.

Segundo a técnica, as atividades do mês de março foram focadas na história do circo para desmistificar e fortalecer essa arte. Com carinho e dedicação, o serviço vira um refúgio para os conviventes. “Ofertar oficinas artísticas em uma comunidade vulnerável auxilia as crianças a enxergarem um novo mundo”, relata Juliana.

Muito mais que diversão em contraturno escolar, a prática de atividades circenses está levando algumas alunas a seguirem carreira. Emily, 16 anos, está no Circo Escola Butantã desde os seis anos de idade e hoje já se apresenta profissionalmente em outros locais. “Não esperava ficar esse tempo todo e agora aqui é minha segunda casa. Tenho apoio da minha família e pretendo continuar”, conta a adolescente.

Para a gerente do equipamento, Ana Cláudia Venceslau, realizar eventos como esse é importante para possibilitar a inserção da população em situação de vulnerabilidade social em atividades de lazer. “Nosso trabalho propõe ações que façam essas pessoas sentirem-se pertencentes ao espaço e a lutarem pelos seus sonhos”, explica.

Durante o dia de celebração, conviventes do Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo (CEDESP), que funciona no mesmo espaço, também prestigiaram os colegas, bem como coordenadores de projetos do Social Bom Jesus, representante da Gestão de Parcerias do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Butantã, membros da Supervisão de Assistência Social (SAS) da região e alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Teófilo Bendito Ottoni.

Serviço

No mesmo endereço funciona o Circo Escola Butantã, que atende em torno de 300 crianças e adolescentes, de 6 a 17 anos, e o CEDESP com 160 jovens e adultos, de 15 a 59 anos.

O Circo Escola funciona de segunda a sexta-feira das 8h às 17h e o CEDESP das 13h às 22h, realizando uma atuação próxima da comunidade do Jardim São Remo com a abertura de suas portas todos os sábados para oferecer atividades de lazer e cultura.

 

O mágico negro com uma bata azul escura e sem chapéu, está com duas luvas das quais está pegando fogo.

 

Dentro de uma sala do Circo Escola, gerentes, funcionários e coordenadores de projetos da ONG Social Bom Jesus posam para foto com a Gestora de Parcerias do CRAS Butantã e Supervisora da região