Texto: Bianca Bezerra
Fotos: Guilherme Fernandes
A campanha “Escolha Ver: Exploração Sexual é Crime” foi lançada ontem, 28/02, por meio do Grito de Carnaval 2019, sediado no centro de São Paulo. Com o objetivo de sensibilizar a sociedade civil e os setores do governo municipal para o enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, a iniciativa, que ocorre desde 2005, contou com a presença de mais de mil pessoas entre crianças e jovens atendidos pelos Centros para Crianças e Adolescentes (CCAs), assistentes sociais e educadores.
Promovido pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), por meio da Comissão Municipal de Enfrentamento à Violência, Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (CMESCA), e o apoio da Rede Peteca, o evento contou ainda com a participação do secretário da SMADS, Jose Castro, do Subprefeito da Sé, Roberto Arantes e instituições parceiras.
Apresentações artísticas dos conviventes dos CCAs, samba-enredo dos grupos Unidos da Rua e Dom Bosco e a presença do DJ Valter Nu foram os destaques da programação. “A ação é uma união de esforços para chamar a atenção para uma missão muito importante. Todos nós aqui devemos escolher ver, todo mundo tem que fazer o seu papel”, destacou Jose Castro.
Na mesma linha de pensamento, o subprefeito da Sé, Roberto Arantes, pontuou o papel da sociedade na problemática. “São 500 mil crianças e adolescentes vítimas desse tipo de violência no Brasil todos os anos. Quero fazer um pedido a vocês, pedido para educação, para saúde, para esporte e lazer, para todas as áreas e principalmente para a sociedade, nos ajudem a combater e não permitir que abusos como esse continuem acontecendo no Brasil e na cidade de São Paulo”, frisou.
Na opinião da educadora Paloma Gonçalves, do CCA Vila Rica, a campanha estimula a conscientização dos jovens: “Muitas vezes eles não entendem e naturalizam os abusos, como se fosse algo normal. Esse trabalho é preventivo e conscientizador”, concluiu.
O coordenador de Proteção Especial Básica da SMADS, Nelson Alda, comentou que é essencial a sociedade tomar conhecimento desta questão que é presente, mas velada no sentido da comunicação.” E esta é uma função do poder público e da comunidade despertar essa questão”, mencionou.
