Fotos: Divulgação
Texto: Bianca Bezerra

Em um trajeto de três quilômetros, a ARCO Associação Beneficente, juntamente com o Centro para Criança e Adolescente (CCA) e o Centro para Juventude (CJ) M’Boi Mirim, realizaram a 9ª Caminhada contra a Violência à Mulher, no último dia 23/11.

A causa levou 750 pessoas às ruas, passando pelos bairros Vila Gilda e Aracati, finalizando na Chácara Flórida. Os participantes levantaram faixas com mensagens sobre o tema e entregaram flores com o número do disque-denúncia (180) para as pessoas que encontraram pelo caminho.

Além dos conviventes do CCA e CJ, moradores da comunidade local e outros serviços como Núcleo de Convivência de Idosos (NCI), Unidade Básica de Saúde (UBS), Serviço de Assistência (SASF) e escolas públicas da região também participaram da ação.

Segundo a psicóloga e gerente do CCA, Madalena Sodré, esse tipo de manifestação contribui para dar visibilidade ao assunto, trazendo-o para discussão na sociedade, além de informar que a mulher pode pedir ajuda em um serviço como CCA ou UBS, por exemplo. “Fazemos questão de chamar outros serviços para participar, afim de que a mulher que sofre de violência se sinta amparada pela rede socioassistencial”.

Márcia Cristina, 39 anos, mãe de Amanda, vítima de feminicídio, disse que foi emocionante participar. “Há dois meses minha filha de 23 anos foi morta pelo namorado. Fiquei com três netos para criar e preciso lutar para que a justiça seja feita. Na caminhada pude sentir o carinho e apoio das pessoas. Minha filha não volta mais, eu sei, mas também sei que não estou sozinha!”

O orientador socioeducativo do CJ ARCO, Jorge Teixeira, 27 anos, afirmou que o melhor de tudo é que a mensagem principal foi passada. “Conseguimos alertar, impactar, dar forças àquelas mulheres que estão sofrendo caladas e até para aquelas que já sabem dos seus direitos, mas precisam de uma mão para se apoiar", complementa.