Horta Social Urbana realiza primeira formatura de pessoas em situação de rua

Ao todo, 14 alunos se formaram em “Agricultura Urbana Agroecológica”

Fotos: Guilherme Fernandes
Texto: Mônica Quiquinato

As primeiras turmas do programa Horta Escola Lucy Montoro, concluíram hoje (26), o curso de formação. Ao todo, 14 educandos foram qualificados e receberam certificados. Os participantes são pessoas acolhidas das ruas e que estão em diversos Centros de Acolhimento da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

O secretário, Filipe Sabará, participou da cerimônia de formatura junto com os apoiadores, patrocinadores, familiares e técnicos. Esteve também presente o diretor Presidente da Associação de Resgate à Cidadania por Amor à Humanidade (ARCAH), Rodrigo Leite, entidade parceira do projeto. De acordo com Sabará, a mudança começa com projetos dessa natureza para a transformação do mundo, com geração de renda e melhoria na saúde.

O resultado da iniciativa foi aprender a cultivar mais de 50 variedades de hortaliças, plantas aromáticas e medicinais, frutas, árvores nativas e adubação verde, em uma área de 250 m². A fartura foi tamanha que parte dos alimentos colhidos foram doados aos Centros de Acolhida Portal do Futuro e Centro Temporário de Acolhimento (CTA) Santo Amaro.

De acordo com a psicóloga que acompanhou os alunos nessas 240 horas de formação e convívio, Elisangela Miranda, foram muitos aprendizados neste período como reconhecimento, escolhas, disciplina, crescimento, autonomia e responsabilidade. “Tivemos a primeira colheita no final do primeiro mês, e a partir daí, enriquecemos diariamente as refeições que fizemos durante o curso”, revela.

Para a convivente Valéria Fonseca Lubiana, do Centro de Acolhida Portal do Futuro, as energias voltaram após participar desse projeto. “Tinha perdido as esperanças, mas agora tudo mudou. Me sinto viva”, afirma.

O projeto Horta Social Urbana/Cidadão Sustentável, que tem apoio de instituições como Fundação Banco do Brasil, Itaú, Eletropaulo e Grupo Pão de Açúcar, promove o desenvolvimento de pessoas em situação de rua, atendidas nos Centros Temporários de Acolhimento (CTAs) e Centros de Acolhida por meio da formação em agricultura urbana, focada na produção de alimentos orgânicos dentro da cidade.