Texto e fotos: Glauber Luciano

 

Na última quinta-feira, 30 de agosto, o Centro de Acolhida (CA) do Imigrante, no Bairro da Bela Vista, completou quatro anos de um trabalho muito importante e humano. Desde que abriu suas portas, em 2014, acolhendo os imigrantes haitianos que fugiam da devastação que o terremoto deixou em seu país, o CA já acolheu 1.450 imigrantes, de 45 países diferentes, que buscaram no Brasil uma nova vida e um futuro melhor.

E a Organização que coordena o equipamento, o Serviço Franciscano de Solidariedade, SEFRAS, organizou uma confraternização que contou com a participação de moradores, ex-moradores, funcionários, organizadores e da Secretária Adjunta em Exercício da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), Dayane Saraiva.

“É um serviço muito querido por todos nós”, disse a secretária-adjunta Dayane. “Acreditamos num mundo sem fronteiras, num mundo que é para todos, em um mundo de igualdade. Lembrando que a cidade de São Paulo foi construída pelos imigrantes, quanto mais imigrantes tivermos aqui, mais desenvolvido seremos”, completou.

Durante o evento houve uma mística que encenou toda a história do CA, desde a abertura das portas, até esse momento de festa. “Fazemos nossa parte acolhendo e acolhendo bem, aqueles que nos procuram”, comemorou a irmã Margareth, coordenadora da Casa. “Temos que comemorar e agradecer, pois de todos que acolhemos, 80% saíram para autonomia ou retornaram para seus países”, informou.

Os acolhidos puderam relatar sua experiência de vida, desde quando chegaram a São Paulo, fazer apresentações de canto e danças típicas. Ao final, um grande jantar típico de Angola agraciou todos os presentes. “Nossa primeira palavra é de gratidão por tudo que realizamos nesse espaço. Mas nada acontece se não existe a soma de muitas organizações em prol do mesmo objetivo”, destacou o frei José, presidente do SEFRAS.